domingo, 30 de janeiro de 2011

Ai o que eu não gosto...

Quando abro um rebuçado e o papel fica colado, especialmente os Halls... Já não basta estarmos todos afanados e ainda temos de comer papel, não acho justo!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Intrigantes manhãs de Sábado

Em que a cabeça demora a voltar ao sítio. É um dia bom, e é um dia mau, pois pode dar-nos demasiado tempo para pensar. Nesta vontade de pensar chega o lufa-lufa, vamos fazer para não pensar. Trabalhar, limpar, sair, viajar. tudo para não estar quieto porque o quieto queima a pensar.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Desigualdades

Até há bem pouco tempo atrás, a minha ingenuidade dizia-me que, o tempo de desequilíbrios entre homens e mulheres já tinha seguido a sua viagem para o báu das memórias que não queremos recordar mas que devemos ter sempre presentes. O Mundo era o palco da modernidade e, embora isso não acontecesse em alguns país denominados de terceiro-mundistas, no mundo desenvolvido a evolução corria sobre as rodas de um TGV.

Afinal TGV queria dizer Tudo Gasto, na Verdade! E com um veículo tão manco, os carris onde ele acentava também não permitiam viragens bruscas. Desta forma, aquilo que pareciam grandes alterações na sociedade do mundo moderno, era apenas mudanças leves.

Quando cái o pano da ingenuidade, ouve-se "ahhh!". E conclui-se que as coisas não são exactamente como os outros as pintam e que convém ter uma coisa muito interessante chamada opinião própria. Senti isso a despeito da diferenciação entre homens e mulheres e, embora já tenha sido percorrido um enorme caminho, a desigualdade encapotada ou não ainda está para ficar.

Poderiam dizer que não tenho razão, e eu respondo que sinto na pele, embora seja uma coisa encapotada. Aquilo que acontece é uma clara diferenciação de respeito entre homem e mulher. Seja no trabalho ou em qualquer outro quadrante da sociedade. E as coisas são como são e quem não dá conta diz que não existe.

Creio que esta diferenciação está encrustrada na nossa sociedade, na nossa mentalidade de tribo. Será que nos cabe a nós, mulheres, dar o grito de Ipiranga e queimar soutiens novamente? Eu alinhava mais por uma alteração conjunta, a tribo unida no sentido de quebrar barreiras entre seres e de queimar as diferenciações.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

As memórias de uma infância quase distante

Existem algumas coisas que nos remetem para a infância: um cheiro, uma palavra, um anúncio de televisão... Eu tenho uma que me remete para um ser especial e para o seu papel na minha infância: os rebuçados Dr. Bayard! Não sei se conhecem a história, mas estes rebuçados peitorais para a tosse nasceram em 1949 quando um merceeiro de origem humilde recebeu a receita dos rebuçados por parte de um refugiado francês da 2ª Guerra Mundial. Poderão consultar esta história mais detalhadamente no site deste produto.

A verdade é que o meu avô tinha sempre estes rebuçados no bolso. Teve uma fase em que fumava muito, não sei se foi por isso que tossia muito, mas certo é que, - e não sei se não seria efeito placebo - quando ele tomava um Dr. Bayard, ele deixava de tossir!

Como criança, e na altura em que fui criança, qualquer rebuçado era bom, mesmo que fosse para a tosse. Aliás eu lembro-me de beber de garrafa, às escondidas, claro, o xarope para a tosse porque era de morango (não deixava de ser xarope). Assim andava eu a pedir rebuçados ao meu avô. Na maior parte das vezes era ele que me perguntava se eu queria, e lembro-me tão bem dele meio curvado e a segurar um rebuçadinho por um dos lados.

Estas viagens à infância são doces. Claro que também existem as que nos remetem para momentos menos bons, mas acho que devemos acarinhar estas memórias boas e quem sabe passá-las para as gerações seguintes. Um dia espero que os meus netos gostem de rebuçados Dr. Bayard e não me peçam doces de uma qualquer bonecada sem interesse (a não ser o comercial).

Hoje tenho um pouco de tosse, vou comprar estes rebuçados e aposto que me vai passar. E talvez assim esteja um pouco mais perto do meu avô, porque o meu egoísmo acha que ele foi cedo demais...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Ir ao teatro ou os efeitos do Senhor Puntila.

Ontem fui ao Teatro Aberto ver "O Senhor Puntila e o seu criado Matti", de Brecht. Fiquei alegremente surpreendida. Os actores são fabulosos, coroados pelo fantástico Miguel Guilherme, o palco e suas alterações são surpreendentes e o ambiente criado com as falas do Senhor Puntila é fabuloso.

Fiquei sobretudo admirada e embaraçada. E pelo mesmo motivo: fazem-se coisas fabulosas em Portugal, culturalmente falando. Admirei-me por isso, e fiquei embaraçada porque tinha concluído que não havia nada de interessante para ver no teatro português quando encarei com esta peça. Esta ideia que eu tenho - ou tinha - centra-se principalmente na falta de publicidade a estes eventos nos media e a falta de apoio à cultura, ao que de bom se faz no nosso país.

Já em Outubro vi a Guida Maria a representar fervorosamente na peça "Sexo sim, mas com orgasmo!" e achei que andava a perder bons espectáculos e, principalmente, excelentes actores que não vêem o seu trabalho reconhecido em Portugal.

Ontem encontrei uma sala cheia e só posso imaginar a satisfação de todos os que colaboraram para aquela peça. Por todos eles, vão ver teatro. Se possível, o Senhor Puntila, um bêbado bipolar.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Notícias da nossa juventude!

"Bom aluno a química com arma e manual de bombas"

Epá, e se fosse bom aluno a português tinha um manual de "Como decifrar as armas secretas e mensagens de ódio nos Lusíadas". E se fosse bom aluno a matemática, teria um manual com o título "Como acabar com o Mundo de forma mais fácil do que contar 2+2".

A propósito das Presidenciais (e agora um pouco mais a sério)

As Presidenciais estão aí. E não tarda assim tanto e também vamos ter as legislativas. Estas eleições são do mais importante que há e passo a explicar porquê.

...

PORQUE EM PORTUGAL NINGUÉM FAZ NADA!!!

Nós Portgueses somos peritos nas artes de julgar, de mal-dizer, de queixar do rumo das coisas, de nos queixarmos de nós próprios...

Mas também somos peritos em não tomar qualquer atitude em relação a isso!

"Ir votar para quê? Há semanas que está a chover, vou mas é aproveitar o sol para uma esplanada! Está a chover? Então não vou votar porque tenho de ir ao Centro Comercial! Não vou votar para mostrar que estou contra!"

E os menos de 50% dos eleitores que vão votar, o que fazem? Votam sempre nos mesmos. Simpatizar com um partido é como ser dum clube de futebol, nunca se muda! Porque os Portugueses perderam os tomates (não foi só o Carlos Castro).

Portanto, nas próximas eleições o que vai acontecer? Cavaco ganha, Alegre fica em segundo e os outros terão percentagens irrisórias. Ou seja, tal e qual o que todos esperamos, porque ninguém tem coragem de votar num outro ou simplesmente votar em branco, que é bem diferente da abstenção.

Pensem bem, vós que vos cagais para a política: se a abstenção for de 50% qual vai ser a reação? "é normal". Se pelo contrário, todos formos votar e os votos em branco forem de 50%, qual vai ser a reação dos media? Vai ser a maior notícia desde o início da Democracia!! Duvidam? Iria por o País a falar.

Pensem bem também no seguinte: o que aconteceria verdadeiramente ao País se o candidato madeirense ganhasse as eleições? Iríamos para a banca rota? O que mudava efectivamente nas nossas vidas? Rigorosamente nada! Que diferença seria nas nossas vidas se o Presidente da República é o Cavaco ou o candidato madeirense ou o Defensor de Moura ou o Alegre? Nenhuma diferença! Mas seria uma diferença monumental para a classe política! Imaginem o que pensariam os partidos se vissem resultados eleitorais completamente diferentes? Talvez acordassem um pouco para a vida. Podres todos têm, não há qualquer dúvida.

Por isso fica o apelo: VOTEM! VOTEM EM BRANCO OU NÃO VOTEM SEMPRE NOS MESMOS! As eleições são a nossa voz. A não ser que estejam satisfeitos com a vida, com o rumo do País ou que tenham medo. Mas medo do quê é que eu não sei.

Então e as Presidenciais?

Votei sempre. Considero que, para sermos críticos, temos de validar o nosso voto nas urnas. Se queremos criticar, temos de nos fazer valer do facto de ainda demonstrarmos algum (ainda que pouco) interesse.

Para estas Presidenciais sinto-me perdida, não quero votar em ninguém. Mas vou. Claro que vou lá! Vou sempre. Então decidi ler os manifestos de alguns dos candidatos. E foi um bom exercício. Experimentem, principalmente se estivarem indecisos ou se estiverem com vontade de ficar em casa... Mostrem-se, demonstrem as vossas intenções de voto, votando!

Palhaços fazem as pazes

São estas as notícias que eu gosto de ler e que me fazem acreditar num Mundo melhor. O Batatinha e o Companhia, desavidos há uns anos, fizeram as pazes! O país só tem a ganhar com esta reaproximação, mudam os palhaços alvo de risada e sempre nos distraímos.

Há quem tenha medo de palhaços, quem goste e quem odeia. Também poderá ser a ferramenta ideal para manter uma criança sossegada em frente à televisão no Natal. A vertente social também existe na palhaçada com os Doutores Palhaços que animam a pequenada nos hospitais do nosso país.

Ame-se ou odeie-se, eles andam por aí, a fazer uma patetada para alguém ver...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

O Euro

No tempo das vacas gordas, o Euro era o maior. A valer mais do que o Dólar, e apesar desse facto nos prejudicar economicamente, o Euro era valorizado culturalmente. Apesar da difícil despedida do Escudo, ao qual estavamos emocionalmente ligados, a entrada no Euro era o passaporte para melhores dias.

Agora que não podemos desvalorizar a nossa moeda - ela já não existe - o euro é o mau da história. E para quem tinha moedas fortes, os países economicamente mais fracos não têm perfil para o Digníssimo Euro.

No fim de contas eu fico confusa. Quando era bom, ninguém avisou que Euro era o Demo. Agora que estamos em crise, é só malta a falar da pobre moeda única. Não gosto destas posições. É como só ser do Benfica quando a equipa ganha campeonatos...