segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Whatever...: Portugal é o segundo país da UE com combustível mais caro.

Tenho a solução perfeita para combater os lobbies que se instalaram no mundo da gasolina! E é daquelas soluções de uma cajadada que mata 2 coelhos de uma acentada. Claramente que temos de encontrar uma alternativa ao carro! Mas já que o nosso parque automóvel já está mais moderno, e já que existem tantos carros, vamos reaproveitá-los. Como? Muito simples: transformando-os em carroças puxadas por... burros!

Ora vejam: o carro é accionado pela força do burro; o burro, em vias de extinção, passaria a ser um animal de culto, de reprodução!

Desvantagens:

- O burro, como se sabe, é um animal dono de si. Portanto, não se espantem se ele quiser parar ou virar para outro lado que não aquele que é pretendido. Dica: tentem usar o truque da cenoura à frente do asno, com uma caninha, pode ser que ainda caia. No truque, no chão não, pobre bicho!

- Gastar pneus e cascos ao mesmo tempo poderá ser dispendioso...

- Será necessário montar uma casa de banho portátil agarrada ao burro. Não vale a pena tentar estrumar o alcatrão.

- Teriam de ser criados novos estacionamentos, com fardos de palha e relvinha.

- Claramente que a velocidade média ia descer, mas também poderia decrescer o número de acidentes.

Vantagens:

- Decréscimo óbvio no encargo associado ao nosso transporte. O burro gasta muito menos aos 100!

- Reciclagem e continuidade na utilização do carro;

- Boost no crescimento da população de burros;

- Possibilidade de lucro na venda de estrume;

- Diminuição da poluição atmosférica;

- Diminuição dos encargos de manutenção do automóvel.

Para mim, vejo mais vantagens do que desvantagens...!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Whatever...: Ai a Galdéria!

No seguimento da Lambisgóia, a palavra galdéria também me despoletou alguma curiosidade. A galdéria é uma mulher vadia e nasceu pela boca do povo. Não aconselho a pesquisa desta palavra no google, principalmente por imagens... Fiquem a saber que também existe no masculino – galdério – embora seja mais comum ouvir o seu feminino. Tendo a sua origem no linguajar do povo, não vos sei dizer como nasceu, nem onde... Se alguém souber, que comunique...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Críticas: Orçamentistas

Sabem quem são? São aqueles paspalhos que abrandam quando há um acidente, por forma a orçamentar todo o espectáculo: “Epá, estão ali uns 500€, pelo menos!”. À pala desta nova ocupação nas estradas portuguesas, multiplica-se o trânsito e os acidentes...

Também acho que são pessoas mórbidas, não sei se ficam felizes porque não aconteceu a eles, ou se é para terem uma história interessante para contar aos amigos. Pelam-se quando vêem amálgamas de restos de carros torcidos e o auge para estas pessoas é ver o saquinho preto no chão da estrada...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Whatever...: A revolução móvel

O primeiro telemóvel comercialmente disponível pesava 800gr em 1983 e é este aqui: Conseguem imaginar? E eu que achava que o meu Alcatel Easy amarelo já era um tijolão! Ora vejam:

É muito interessante ter acompanhado esta evolução na primeira pessoa. Os telemóveis foram sendo aperfeiçoados e ficando cada vez mais pequenos. Hoje em dia fazem uma série de coisas que eu não quero sequer saber, porque parei no tempo há 4 anos atrás. Quatro anos é a bonita idade do meu telemóvel. Na idade de telemóvel, é considerado um idoso, um centenário, um cota caquéctico. Mas, admirem-se, funciona na perfeição, e enquanto assim for, ele estará do meu lado...

O telemóvel passou a fazer mais coisas do que o simples telefonema, ele tira fotos, têm Internet, e acho que alguns aparelhos já tiram cafés, ouvi dizer... A par das redes sociais, o telemóvel passou a ser o inimigo número 1 dos contactos pessoais, físicos, em lugares reais. As pessoas limitam-se a reagir a bi-bi-p’s e a ti-ni-ni-nis, e qual máquinas, matraquilham o teclado com os dedos, como se ganhassem tempo ou vida com isso. Querem um conselho para o próximo fim de semana?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Whatever...: Na fila de trânsito há 9 dias

Sim, eu vi uma notícia que diz que, numa auto-estrada nos arredores de Pequim, existem pessoas há 9 dias numa fila de trânsito... Prometo não refilar mais quando apanhar aquele trânsito manhoso à entrada da segunda circular...

Whatever...: IKEA

Tenho de confessar que adoro o IKEA: comprar no IKEA, passear no IKEA, e principalmente, observar as pessoas no estacionamento depois de fazerem compras no IKEA! Se nunca perderam uns minutos em observação, aconselho vivamente. Aquilo é o que se chama meter o Rossio da Rua da Betesga! E é possível!

Os novos compradores ficam que tempos de roda das suas compras e da bagageira do carro. Como por milagre conseguem sair de lá com tudo encaixadinho e arrumadinho! E acho que não perdem nada pelo caminho! Se bem que eu uma vez ia no IC19 e passei por uma máquina de lavar roupa na faixa da esquerda, eu ainda lhe fiz sinais de luzes, mas ela não saiu... Ultrapassei-a pela direita e ela lá ficou já na fase de torcer a roupa... Adiante!

Acho formidável a adaptação do Português ao estilo IKEA, ora vejamos:

- O típico português vai se gabar de ter alancado com dezenas de caixotes pesados para um 4º andar sem elevador;

- Vai dizer com muito orgulho que os montou todos e que daí resulta uma mão inchada e duas unhas negras;

- A esposa vai dizer, muito satisfeita, que agora muda os cortinados de 6 em 6 meses e já não precisa de ir a Paços de Ferreira comprar mamarrachos;

- Vão à loja de comida sueca e compram bolachas esquisitas e arenque que depois não comem, e dão ao gato;

- E claro, vão todos comer almôndegas suecas ao fim de semana a 1€/Kg. Como diria um amigo meu, se ainda fossem suecas...!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Críticas: Concentração de plásticos no Oceano não aumentou nos últimos anos

Ena, que boa notícia, pensei eu! Comecei a ler: há de facto uma concentração de resíduos de plásticos em certas regiões oceânicas, que são arrastados pelas correntes que aí os concentram. A mais conhecida situa-se no Oceano Pacífico e tem a dimensão de duas penínsulas Ibéricas.

Então espera lá, se têm conhecimento, há mais de 20 anos, destas concentrações de detritos, porque é que não os recolhem?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Whatever...: O nome é Nome?

Sabiam que há uma cidade no Texas cujo nome é Nome? As coisas que eu descubro! E está a 8 km de outra cidade de seu nome China! Só na América...

Whatever...: Independência

Hoje celebra-se o dia da independência do Afeganistão, conquistada ao Reino Unido, após a 3ª Guerra Anglo-Afegã, em 1919. Independência... Ah?

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Whatever...: Descoberto o mistério do Triângulo das Bermudas

Afinal são as bolhas de metano as responsáveis pelo desaparecimento de navios, aviões entre outros, no local! Lá veio a ciência dar cabo de mais um mistério... Gostávamos tanto de tecer considerações!

As ditas bolhas, gigantescas, terão origem em vulcões submersos. Ao chegarem à superfície aumentam de tamanho e interferem no funcionamento correcto de barcos e aviões. Resta saber se os investigadores que recolheram dados concretos foram de balão de ar quente para terem sobrevivido...

No entanto, há quem diga que este fenómeno é fisicamente impossível, defendendo que a bolha libertada se romperia devido à grande pressão da água... Quem tem razão não sei, mas que o oceano anda com gases, isso anda!

Deixo-vos algumas teorias que foram desenvolvidas sobre o triângulo mais famoso do Mundo, de acordo com o Wikipedia:

- Fantasias: extraterrestres, resíduos de cristais da atlântida, humanos com armas antigravidade ou outras tecnologias esquisitas, vórtices da quarta dimensão;

- Causas naturais ou humanas: campos magnéticos estranhos, flatulências oceânicas (gás metano do fundo do oceano) ou o tempo (tempestades, furacões, tsunamis, terramotos, ondas, correntes).

Whatever...: Dia do Trovão

Graças ao wikipedia, de onde tirei esta foto, e que gosto muito de ver, fiquei a saber que a palavra Thursday (quinta-feira em inglês), vem de Thor’s Day, que era o Deus nórdico do Trovão! Reza a história/lenda/credo que este Deus de cabelos e barbas vermelhas, grande e extremamente forte, disparava raios com o seu poderoso martelo Mjolnir! Gostava muito de ter um martelo a disparar trovões! Diz também que comia uma vaca inteira numa refeição... Se isto for condição para ter o martelo trovejador, eu passo...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Desabafos: Desemprego estabiliza nos 10.6%

Quase que apetece escrever "sem palavras", mas como eu sou pessoa para criticar até mais não, cá vai bomba!

Portugal nunca soube ser produtivo e descolar efectivamente, apostando na criação de empregos de qualidade e no desenvolvimento de áreas fundamentais como a ciência ou a cultura. Os trabalhos de baixa remuneração já foram todos para a Roménia, Índia e por aí fora, e por um lado ainda bem! Os países supostamente desenvolvidos não baseiam a sua economia nestas condições! Têm, isso sim, os central-offices de empresas que gerem o trabalho barato noutro lado!

É fulcral apostar na juventude, e o que nós temos é uma população activa cada vez mais envelhecida, situação esta que vai piorar, ora vejam: já não se vêm pré-reformas como antes e ainda querem aumentar a idade da reforma; e a faixa mais nova, formada, está presa nas malhas da inexperiência e do desemprego, fruto da falta de lugares no mundo do trabalho (ocupados por quem já devia de estar a descansar) e também, por vezes, da péssima formação existente neste país que forma licenciados e não profissionais!

Se olharmos para o mapa, Portugal está no centro, e em vez de aproveitar a sua localização geográfica, continua a ser o do mundo! Podíamos ter desenvolvido os nossos portos para receber mercadorias e expedir por comboio ou camiões para a Europa e o aeroporto e o TGV já deviam de ter sido construídos há 10 anos meus amigos, 10 anos! Porque é que não somos o maior ponto de encontro do mundo?

Porque é que agora, com os incêndios, não contratam pessoas para reflorestar, ou mais polícias para vigiar? E antes, porque é que não contrataram para limpar? A floresta tem uma importância elevada na economia de um país e parece que a maior parte das pessoas não o entende!

Acham que fazer estradas é mostrar trabalho e incutir o desenvolvimento? Já repararam no tamanho do país? Até há bem pouco tempo éramos o país com mais quilómetros de estrada por habitante. Justifica-se?

Há tanto por fazer neste país! Quando é que nos ouvem!?

Whatever…: Lambisgóia

Adoro a palavra lambisgóia! Pensava que era calão, mas existe no meu querido dicionário! Significa mulher delambida, ou intrometida e mexeriqueira! Eu acho fabuloso e adoraria saber de onde vem este significado e se tem alguma coisa a ver com lambidelas! Para já, ficam a saber que delambida é uma senhora malcriada e atrevida! Já estou a ver a associação com a língua!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Whatever...: Verão nos centros comerciais

Vi-me obrigada a ir a um centro Comercial para comprar uma prenda de aniversário. Digo, obrigada, porque de facto, não fosse a necessidade de comprar a prenda e eu não punha lá os pés.

Não é tanto por ser um Centro Comercial, até gosto de lá ir de vez em quando. O problema é que, para mim, ir lá de verão é um puro desperdício de tempo. Quando é inverno, estamos com frio e não apetece andar na rua à chuva, acho bem andar pelos corredores quentes, espreitando as montras.

Voltando à minha ida ao dito centro, fui lá no sábado e estava um tempo fabuloso. Pensei que não ia estar lá ninguém, quem é que vai passear para um CC num dia destes? Ninguém! Só pessoas como eu, que vão com obrigações sociais muito específicas e que não vão para perder tempo!

Mal cheguei ao estacionamento percebi o quão engana eu estava! O CC estava cheio de gente a passear, mas mesmo a passear! Fiquei incrédula! Com crianças e tudo, imaginem... Seria pelo ar condicionado, pensei? É que tem de haver uma justificação lógica para estas pessoas não estarem a aproveitar uma tarde de Agosto lá fora... Será que estavam a chover pedras na rua e eu não vi?

domingo, 15 de agosto de 2010

Desabafos: Volta na volta...

Hoje a Volta a Portugal em bicicleta passou em Sintra. Bom, passou na zona das praias que, como já tinha pouca gente e confusão para um Domingo, ficou ainda melhor. É giro ter de ir a pé para casa com uma tarteira na mão porque o mundo pára e as viaturas também... Ouvi muitas buzinadelas na zona da Praia Grande e se, o Senhor Agente da Autoridade que lá estava a impedir o tráfego, não foi linchado, devo dizer que estava quase quando passei por ele a pé...

É como os concursos de Surf que toda gente apregoa como bastante espectaculares para o concelho, e que, no fundo, só servem para afastar a clientela do comércio local, fazer confusão e deixar uma lixeira no chão. Porque é que não fazem de Inverno, as ondas até ficam maiores e tudo!

Porque é que não trazem eventos importantes a estas zonas quando passa uma mosca de hora a hora, vulgo, Inverno? Assim poderiam atrair gente a um local que é abandonado e esquecido durante o Inverno. Alguém se lembra que a Praia Grande existe quando chove e faz frio? Não. A não ser os que são de lá, que a vivem assim. Alguém se importou quando, de Inverno, aquele monte de terras feito em lamaçal atravessava a estrada? Alguém se importou com a falta de areia no inicio do Verão? Não. Só se importam com a Praia Grande quando faz sol e quando há tragédias. Tenho dito.

sábado, 14 de agosto de 2010

Whatever…: Mala educación!

Fico possuída com a quantidade de gente, ou tugaria, pouco civilizada, que chega a uma fila e zuca, ali vão eles como não querem a coisa! Porque é que o português, que quer ser moderno, avançado, evoluído, considera que passar à frente dos outros toininhos é o que há de melhor? É que depois de comprarem, ou pagarem, o que quer que seja, saem do balcão com um ar vitorioso, com um ar “olhem para vocês, seus burros, na fila, eu sou espertalhão!”

Não tenho paciência. É em pé e é sentada no carro. A quantidade de gente que vai mexendo de fila em fila, qual samba rodoviário, faz-me comichão. Peço sempre para que a lei de Murphy se aplique, aquela que diz que a fila para onde mudamos deixa de andar, e a que nos pertencia, começa a andar a bom ritmo!

Também gosto daquele tipo de mulher que põe o parolo do marido na fila do supermercado a guardar lugar enquanto anda a correr pelos corredores a escolher as compras e a ir entregar-lhe numa grande azáfama. Um dia ainda pensei que eram os Jogos sem Fronteiras! Vendo o lado positivo, essas gorduchas ainda fazem algum exercício!

Aproveito para acrescentar que adoro quando estou a sair do metro e as pessoas que querem entrar, ficam especadas à minha frente, no meio da porta: dá para sair e assim dar o meu lugar a vossas excelências? Eternamente grata…

Porque é que o xico-espertismo não acaba? Não seria essa a suposta evolução? Se nos desenvolvemos enquanto país, em tantos vectores, porque é que não evoluímos na educação? Olhem os ingleses, eles adoram fazer fila, até têm uma palavra especial: queueing! É giro! E são polites! Não fosse o frio que lá se faz e eu dizia-vos para onde eu ia fazer fila…

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Querida Dr.ª Rute: Onde foste?

Não há nada pior do que a sucessão das seguintes perguntas: Onde foste? Com quem estiveste? A fazer o quê? Já agora, querem também perguntar quem são, de onde vêm, para onde vão e se há vida em marte?

A metodologia do interrogatório numa relação é realmente assustadora. No entanto, pior é verificar que, se ocorre mais do que uma vez é porque a culpa é nossa. Se cairmos na ratoeira de responder nas primeiras ocasiões em que surgem estas questões, passa a existir a obrigatoriedade de responder a um relatório diário, onde temos de esmiuçar convenientemente os nossos passos desde que saímos da cama de manhã e até que nos voltamos a deitar. Pois é, tal como em muitos outros maus hábitos, a culpa é nossa, porque somos nós que temos de os educar. Temos de fazer ver que não somos o cartão e eles a máquina de picar ponto.

À primeira tentativa, há que responder com desprendimento! "Hás-de (e não hades) ter muito a ver com isso" é uma boa resposta, principalmente se dada com determinada entoação e movimento corporal que denote desprezo.

Se não for assim, estas perguntas vão perseguir a cara leitora até os últimos dias da relação... Portanto, cautela! É a querida amiga Rute que vos diz...

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Críticas: Acordo Ortográfico: Sim, não, assim-assim?

Ainda não formei uma opinião concisa sobre o novo acordo ortográfico, já adoptado por muitas revistas e jornais nacionais (ou adotado?...). Claramente que continuo, como já devem ter reparado, a escrever sem ligar nenhuma ao acordo ortográfico. A primeira impressão que tive, foi de que era contra. Pensei “ter de reaprender a escrever?”. E as alterações em si: eu digo EgiPto, não digo Egito… E é engraçado porque o corrector ortográfico do meu computador lê Egito e chama-me de burra com o seu sublinhado vermelho…

Não quis aprofundar a minha opinião sobre este tema comigo mesma porque tive medo de me considerar uma inadaptada ao Mundo em constante movimento, à inovação e à evolução das coisas. Achei melhor não pensar muito nisso.

No entanto, hoje deparei-me com uma entrevista no Jornal I ao poeta Ferreira Gullar que gostei bastante de ler. Para o poeta o novo acordo vai trazer confusão e prejuízos. De facto nunca pensei bem, mas já imaginaram na quantidade de alterações que terão de ser feitas? Os dicionários serão re-escritos, os livros re-publicados, e os correctores ortográficos vão nos obrigar a fazer um update ao nosso computador. E o que vai ser feito aos livros anteriores? E aos dicionários? Serão considerados irremediavelmente perdidos porque passam a ter erros ortográficos?

Quanto dinheiro vai ser gasto a alterar os papéis da nossa sociedade altamente burocrática porque as palavras vão mudar? Bom, mas a língua portuguesa não foi sempre igual, dizem-me vocês. Dizem-me que antes se dizia pharmácia! É verdade. Mas nessa altura imprimiam-se tantos livros, dicionários e papelada como agora?

Estamos a falar de um país que, ao aumentar os impostos sobre rendimentos, aumentou todos por igual para não existirem encargos superiores que poderiam advir da distinção entre salários. Então, numa época de crise, será que o novo acordo vai ser prejudicial?

Também há uma falta de informação. Alguns jornais adoptaram o novo acordo por sua livre vontade. Mas a nível oficial não se passa nada. Vai acontecer alguma coisa? Vai ser mesmo instituído? As escolas vão passar a ensinar que se escreve ator e não actor? E eu no meu blogue, faço o que quero?

Gullar até diz que a língua é património do país, pertence a todos, não devendo por isso ser manietada por um ou dois indivíduos. De facto e em relação ao inglês, temos o inglês e o inglês americano, e até há quem considere que existe um tipo de inglês por cada país onde essa seja a língua dominante (inglês da Jamaica, inglês da Índia, basta pesquisarem no dicionário do vosso Word). Então porque é que não podemos manter a riqueza que existe em cada tipo de português? Não será mais criativo?

Críticas: Meu querido mês de Agosto

O mês de Agosto não se assemelha a mais nenhum. É único, particular, kitsh! Ora vejamos, a primeira coisa com que nos deparamos é que o país pára em Agosto. 80% da população está de férias e os outros 20% a trabalhar em quadriplicado, quando assim o é (e principalmente na restauração...).

Em muitos sítios somos deparados com uma resposta sórdida: "Ah isso só lá para Setembro! Sabe, é que é altura das férias, e é sempre complicado". Não, não sei! Porquê? Porque é que não se organizam melhor?

Eu não tiro férias em Agosto (o Festival SW não conta...). Para já posso acordar mais tarde porque não há trânsito. É a benesse do Agosto, a estrada é nossa! Durante um mês até parece que vivemos mais perto do trabalho (embora este pensamento possa ser assustador)!

Agora, se morarem como eu já morei, em locais que enchem em Agosto... Preparem-se... O trânsito muda-se para estes locais. As aldeias vazias e pacificas da beira mar assistem a uma procissão solene de carros a 20 km/h, quando não é menos!

Outra coisa engraçada sobre o mês de Agosto é as pessoas que passam o inverno no trânsito, na confusão das grandes cidades e, no verão, mudam-se todas para o Algarve para fazer o mesmo! Andam na confusão do trânsito, mas com vista para o mar! Continuam enfiados em Centros Comerciais, mas é no Algarve! Vão jantar ao Chinês ou ao McDonalds, mas atenção, é na esplanada! Em Lisboa colam-se uns aos outros no Metro, no Algarve colam-se uns aos outros com as toalhas de banho, é bonito!

Também é bonito pagarem por duas semanas de estadia o equivalente a uma semana num todo incluído de 5 estrelas em Punta Caña! Mas neste caso eu não crítico muito, acho importante fazer turismo no nosso país. O que me chateia é que temos praias fluviais lindas, temos um interior para ser explorado, temos espaço vazio onde fazer piqueniques, jogar à bola com os pequenos! E a malta quer é confusão... Passar tempo no carro ou a discutir com o casal do chapéu ao lado porque o miúdo atirou areia...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Desabafos: Ai a piolhagem!

Fui ao Festival Sudoeste. Mal de mim se não fosse, vou todos os anos desde 2003. Neste festival vê-se de tudo, e com 8 experiências no bucho, já vi freaks, betinhos, malta nova, malta velha, rastafaris, alentejanos mesmo do Alentejo e por aí fora. É claro que vemos malta com mau aspecto, mas aqui também podemos encontrar casais com filhos mais pequenos ou até mesmo casais mais velhos que vão experienciar um festival único, pelo menos em termos de localização…

Adiante, estava eu na praia, no sábado, quando chega uma tia. Sim, daquelas que falam à tia, têm o cabelo louro à tia, têm um biquíni à tia, óculos de sol à tia… Portanto, o pack completo. A praia estava de facto muito cheia. Para além de ser Agosto, as praias nas imediações do Festival ficam cheias.

A senhora encontra um local bem perto de nós e começa a disparar “isto aqui é só piolhagem, o que vale é que não tarda vão todos para os sudoestes! É que eu sou habitue!” Senti-me atacada e a minha pulseira a dizer SW TMN identificava-me como participante directa no clube dos que têm piolhos! Claro que um dos nossos foi ao banho e eu aproveitei para dizer bastante alto “aproveita para tirar os piolhos!” É certo que a partir daí não ouvi mais nenhum latido vindo daquela localização.

Fiquei a pensar naquilo. Eu sei o que é ser habitue numa praia e ver a enchente no verão, mas aceitei-o, era esse o negócio da família, e já faz parte. Compreendo que é difícil estar num sítio pacato e vazio e vê-lo a ser invadido por muita gente num curto espaço de tempo. Mas, não deveria ser encarado com uma oportunidade? Os cafés estão cheios e os frangos esgotaram no talho…

Outro caminho que segui depois do discurso da piolhagem foi, mas será que quem não vai a este tipo de festivais considera que só vai malta de mau trato? Olhei em volta e vi muitas caras diferentes com a mesma pulseira no braço. Como é que é possível generalizar tanto? Eramos todos diferentes. Pensei que, só no nosso grupo tínhamos muitas profissões consideradas de responsáveis pela nossa sociedade. De repente um jornalista passa a piolhoso só porque tem uma pulseira? Ou porque é jovem? O aspecto ou um adereço ditam o que devem esperar de nós e aquilo que transparecemos para os outros? Será justo ser considerada de piolhosa com tanta facilidade?

Whatever...: Como não apresentar a demissão.

Não sei se viram as notícias, mas um assistente de bordo de uma companhia aérea norte-americana, ao discutir com um passageiro, ainda antes de levantar voo, ficou tão chateado que informou pelo intercomunicador que se despedia. De seguida accionou o sistema de urgência e desatou a correr pelo Aeroporto Internacional JFK... Foi preso...

Lembrei-me de forma imediata de algumas profissões e situações que não devem ser reproduzidas em casa:

- Ser polícia, apresentar a demissão em cima de um tanque de água, no meio de uma manifestação social violenta (daquelas que já não se fazem em Portugal, sabem?);

- Ser polícia, apresentar a demissão no meio de uma rusga ao Bairro da Bela Vista em Setúbal;

- Ser limpa-vidros, apresentar a demissão no parapeito da janela do 34º andar de um arranha céus em Nova Iorque;

- Ser faquir, apresentar a demissão e atirar as facas todas de uma vez e sem rumo em direcção à partener atada na roda;

- Ser piloto de aviões, apresentar a demissão em pleno voo e sair de paraquedas;

- Ser piloto de F1, apresentar a demissão e sair do percurso levando o ferrari para casa;

- Ser futebolista, apresentar a demissão quando está prestes a marcar o penalty mais decisivo do mundo, com um estádio inteiro em suspenso e fugir a correr;

- Ser austronauta, apresentar a demissão em plena lua, recusando-se a entrar de volta no foguetão.

Desabafos: Atchim! Penicilina!

Como muito boa gente não hipocondríaca, detesto estar doente! Confesso gostar dos mimos associados a essa condição, mas as sensações que temos quando estamos com maleitas são as piores.

Vou-me focar na minha predilecção: a constipação. Esta menina acompanha-me a vida toda. Excepto durante um ano, depois de ter levado uma vacina de penicilina! Esta grande senhora, injectada no rabiosque faz maravilhas! Para além de um andar novo, proporcionou-me um ano, sim, um ano inteiro sem dores de garganta, narizes entupidos ou até um reles atchim! Infelizmente quando peço ao médico uma injecçãozinha de penicilina, ele lança um ar duvidoso, como se eu fosse uma addicted...

Passado um ano, a capa de indestrutibilidade derreteu e eu fiquei novamente desprotegida. Voltaram as fungadelas, que têm hora marcada: quando está frio, porque está frio; e quando está calor porque está calor. Que é praticamente sempre, tirando os momentos assim-assim.

Como estamos em Agosto, guess what, calor de morte: Ananicas colada ao ar condicionado. Resultado: já foste! E aí estão: as noites mal dormidas; os olhos a meio gás, inchados e deitados numas olheiras perceptíveis (embora no verão, com o bronze, o resultado visual não seja tão mau como no inverno!); atchins a rodos; e assoadelas a todo o momento, proporcionando um belo efeito de nariz vermelho e descascado.

Andamos com o saquinho dos medicamentos como se fossemos doentes crónicos e envelhecidos, a tomar os tiragripes e apagagripes desta vida que não têm efeito nenhum. Tomamos uns halls ou umas mebocaínas e gastamos tantos lenços que a Renova até aplaude ao ver os lucros a crescer.

Não chego a ir à cama, ou até a ter febre. Estes casos mais graves são raros e acontecem-me apenas uma vez por ano, ou até mesmo de 2 em 2 anos. Quando vejo o Senhor Doutor, ainda meto uns antibióticos no bucho, e a coisa às vezes passa mais depressa, agora quando é mais leve, parece que custa mais a passar... Ai minha rica penicilina... Dava as duas nádegas! Salvo seja...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Críticas: Queiroz chama testemunhas abonatórias.

Não entendo, se o Alex Ferguson, o Pinto da Costa e o Vieira não estiveram no estágio da Covilhã, por forma a desmentir os impropérios ditos pelo nosso seleccionador, porque raio é que vão ser testemunhas? Para dizer que ele sempre se portou bem toda a vida e que sempre tiveram boas experiências laborais com ele? Epá, ainda bem, mas isso não quer dizer que uma pessoa não mande uns tiros ao lado, ainda que só uma vez na vida!

Dizem que o britânico Alex Ferguson vai informar a Federação Portuguesa de Futebol de que o treinador português sempre foi a favor dos controlos anti-dopagem. Resta descobrir se os controlos que ele defende são os efectuados à mãe do senhor do Anti-doping. Sim meus caros, um dos impropérios efectuados pelo nosso seleccionador referia um controlo à mãe do senhor do Anti-doping...

Para mim, sendo isto verdade, corram com ele! Aliás, quem é que o contratou, in the first place?

Pérolas

"Temos de esperar o inesperado" - Jorge Jesus, em declarações ao Jornal A Bola, sobre o golo do FCP que surgiu cedo no marcador...

Ainda assim, acrescento que, como benfiquista, gosto muito daquele novo louro que ninguém sabe onde foi pintado. Então não se vê que ele estava a pintar a casa de amarelo e cai-lhe o balde de tinta em cima...?

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Críticas: SW, a crítica necessária

E o festival acabou, outra vez. Mais uma vez a sensação de vazio e de “até para o ano”. É tempo de contar como foi.

Devo começar por confessar que, dos quatro dias de festival, estive presente no segundo e no último, por uma razão evidente, o cartaz era péssimo. Não tenho grandes esperanças que o cartaz melhore nos próximos anos, pois o recinto estava cheio e a organização não é tonta…

Na quinta-feira vi um Jamiroquai que nos presenteou com um concerto idêntico ao que deu em 2003, no mesmo festival, isto porque a evolução de reportório musical não ocorreu.

A encerrar as hostes tivemos Beirut. Pela primeira vez em Portugal, este grupo deu um concerto fabuloso e deixou-nos a sede de mais, muito mais! Tal e qual como no Alive, uma banda que chama muita gente tocou num palco secundário, dá para perceber? Estes meninos e as suas trompetes mereciam um espaço mais alargado e não era pelo tamanho dos seus instrumentos!

Este ano verificámos uma melhoria, o palco do kunks-kunks era o mesmo que o palco secundário e ocupava o seu lugar quando os concertos “secundários” terminavam. Para quem não assistiu no ano passado, fica a saber que o Legendary Tigerman abandonou o palco secundário porque só se ouvia o bater estrondoso do DJ do momento. Aquilo estava mal organizado e eu até acho que, tão alto que até ouvia as batidas em casa…

Faço um alerta, se vão pela música, têm duas hipóteses: ou vão para perto das grades ou vão ter de se chatear. Ninguém, repito, ninguém à nossa volta está a ver concertos. Eles falam, brincam, fazem o seu botellon, mas não estão a ver concertos, apesar de disfarçarem, aplaudindo de vez em quando. Quase espanquei umas criancinhas que brincavam por ali, mas mantive-me adulta e pensei, “são crianças, tadinhos, estão na idade de brincar…”

Outro problema de ser festival é que cada vez mais se assemelha à Feira Popular, aliás, eu até acho que existiam mais diversões naquele recinto do que na defunta Feira Popular de Lisboa. Ora vejam, tínhamos uma montanha russa; tínhamos vários zombies que deviam estar a fazer o seu papel na casa dos horrores, mas em open space, e por aí fora. Aliás, estava eu sentada, a ver Mike Patton e a deliciar-me com uns noodles quando de repente passa uma pessoa por cima de mim a fazer slide! A minha vontade foi gritar violentamente: “Posso ver uma merda de um concerto, porra!”

Enfim, se calhar para o ano ficamos pela praia e pelas mines ao por do sol… É que a única coisa que aqueceu foi a viagem de volta…

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Whatever...: Reclusos de Sintra fazem greve de fome

Quando folheei, perdão, cliquei o jornal i de hoje, li uma notícia que me chamou a atenção. Os presos do Estabelecimento Prisional de Sintra estão em greve de fome! Pensei, não admira, nunca fui a uma prisão portuguesa mas o que se ouve dizer e o que por vezes se vê na TVI, são imagens tristes...

Concluí mesmo que, apesar de estarem a pagar pelos seus pecados, os presos merecem, nem que seja, uma cela limpa! Dêem-lhes um balde e uma esfregona! Um jardim radiante - umas botas de jardineiro e ferramentas de jardim não cortantes! Paredes de um branco imaculado - forneçam trincha e tinta!

Curiosa, e já com estas ideias na cabeça, fui ler a notícia. Reivindicam comida melhor! Compreendo e tenho a solução. Podem desenvolver uma grande horta, para que os alimentos sejam os melhores, e podem sempre ter uns cursos de culinária na prisão!

O outro problema grave para os reclusos, que faz com que tenham iniciado esta greve de fome na passada segunda-feira, é (rufo de tambores) a Playstation! Os aprisionados apenas têm acesso à Playstation Original e querem que seja feita uma actualização, para a PS 2! A minha questão é, já que estão a pedir, porque é que não pedem já a 3? E será que também estão a exigir algum jogo em particular? Será que não há nenhuma loja que tenha compaixão por estes pobres coitados que a única coisa que fizeram mal foi estropiar, vender droga ou assaltar um mau cidadão, e que possa oferecer a bendita consola?

Posso deixar uma ideia... Se existem tantos fogos porque não limpam as matas, porque é que, de inverno, não os metem a arrancar arbustos com os dentes?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Desabafos: El Rei D. Sebastião!

Faz hoje 432 anos que morreu El Rei D. Sebastião! Portanto, há praticamente 500 anos que Portugal iniciou a sua crise descentente, raramente contrariada por alguns picos de fortuna, tais como as taças Europeias ganhas pelo Benfica, ou as medalhas ganhas pelos Portugueses nos Jogos Olimpicos (3 ou 4 por cada Jogo?).

A sua morte foi fortemente contestada pelo povo, apesar de ter sido feito um enterro e do seu corpo estar, supostamente, no Mosteiro dos Jerónimos. Muitos diziam que aquele corpo não era o do jovem Rei e que ele teria desaparecido durante o combate. Foi assim que começou o mito do Sebastianismo. Diz a lenda que El Rei D. Sebastião vai aparecer, num dia de nevoeiro, para salvar Portugal...

Pois bem, já passaram 432 anos e nada! Onde andas afinal? Não sabes o caminho de volta a casa? Adolescentes! Aposto que ficou por lá e casou com uma marroquina! E nós aqui, à espera de alguém que nos salve, isto porque não nos sabemos salvar a nós próprios!

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Whatever...: Esgoto vs Esgotante

Em mais uma das minhas incursões pelo meu mundo, que se localiza precisamente dentro da minha cabeça, reparei que esgoto e esgotante são duas palavras muito parecidas. Como já sabem tenho um amor por dicionários, e então, dirigi-me a um (sim, isto não serve só para secar pétalas!):

Esgoto: 1) Esgotamento; 2) Cano ou abertura por onde se esgotam líquidos ou dejectos;

Esgotante: Que esgota, extenua (bonita a palavra esgota, é tipo esgoto no feminino).

Bom, cumpre-me dizer que tou com um esgoto. O cansaço é tremendo e o stress também, por isso tenho um esgoto. Para ultrapassar este esgoto, vou tomar uns valiums. Talvez esses me limpem... a canalização?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Whatever...: Renomeação!

Não gosto do nome Tridente... Faz lembrar Pepsodente... Pode ser Tampax Ultra?

Críticas: Heróis com os louros dos outros

Notícia do Correio da Manhã de 2 de Agosto de 2010: "Instituto de Socorros a Náufragos salva 274 vidas"
Confesso que, ao ler esta gorda, fiquei com a remota esperança de que tivesse sido descoberto, finalmente, um meio milagroso de salvar vidas no mar. Como é que o Instituto de Socorros a Náufragos (ISN), que dispõe de tão escassos recursos, como é assumido pelos seus responsáveis e do conhecimento público (quem passa pelos portos marítimos e vê atracadas as poucas e obsoletas lanchas de salvamento, sabe do que estou a falar!), já salvou, desde o início da época balnear (em 1 de Junho), 274 vidas!!!??
Porém ao ler o desenvolvimento da manchete, fiquei a saber que, afinal, quem salvou as 274 vidas foram os nadadores-salvadores, distribuídos pelas cerca de 400 praias vigiadas do País, arriscando a própria pele. Para os menos atentos, pode parecer a mesma coisa; para quem foi nadador-salvador durante alguns Verões e cresceu na Praia Grande não é, e passo a explicar:
O Estado é responsável por garantir a segurança dos cidadãos nos espaços públicos e de acesso público, vg. via pública, estradas, recintos desportivos, etc.. Contudo, no que às praias diz respeito, e refiro-me em concreto apenas aos areais e ao mar, a responsabilidade do Estado, excluindo as praias vigiadas não concessionadas cuja responsabilidade pela vigilância cabe às câmaras municipais, resume-se à presença de (poucos) elementos da Polícia Marítima, que não intervêm em salvamentos no mar, e à participação do ISN na segurança nas praias. E qual é a intervenção do ISN neste sistema de segurança (chamemos-lhe assim)?
Este Instituto vende cursos de nadador-salvador, que custam 127 euros por pessoa (este ano, o seu valor aumentou de 75 para 127 euros) por quinze dias de aprendizagem de técnicas básicas de reboque no mar e de reanimação e vende aos concessionários, por valores avultados, todo o equipamento de salvamento, desde bóias, pranchas, barbatanas, cordas, passando pelos equipamentos dos nadadores-salvadores e pelas bandeiras de sinalização do estado do mar, tudo isto de aquisição obrigatória por parte daqueles. Ó senhor jornalista do CM, é isto que o ISN sabe fazer: recolher boas receitas para o Estado. Os salvamentos são feitos por nadadores-salvadores, sob orientação e remunerados por privados, os concessionários ou, numa minoria dos casos, por câmaras municipais (modelo utilizado no litoral alentejano).
A Segurança dos cidadãos, tal como a Defesa, a Magistratura e a Diplomacia, são consideradas as funções nucleares do Estado, por serem aquelas que garantem a sua soberania não sendo, por este motivo, alienáveis. Por este motivo, o Estado não devia, através de contratos de concessão, deixar esta missão entregue a privados, demitindo-se de uma responsabilidade que é pública.
Assim como não devia recolher louros do esforço e do risco alheios...

Desabafos: Rotundas

De todas as vezes que pego no meu carro, passo por uma rotunda. Não vale a pena tentar evitá-las, elas nasceram quais cogumelos urbanos, com decorações alucinogénicas. E de todas essas vezes que eu conduzo, eu assusto-me com os outros.

Quando tirei a carta, ensinaram-me a fazer rotundas. E eu pensei, "epá, isto tem lógica!" Foi há 10 anos, num período anterior ao auge da dominação das rotundas, mas ainda assim, elas já tinham um grande potencial!

Supostamente, e conforme a antiga DGV indica na seguinte imagem, se a malta tem como destino a primeira saída, vai na faixa mais à direita; se o pessoal pretende ficar zonzo e dar uma voltinhas a mais, saindo na segunda, terceira ou enésima saída, então temos de nos aproximar da rotunda na faixa da esquerda e entrar na faixa da esquerda... Isto, meus caros é lógica pura! Pensem lá um bocado em termos de distribuição de tráfego, ponham o outro carburador a funcionar, aquele que está em cima do pescoço...!

Então, porque é que eu tenho sempre de abrandar ou travar para não levar com alguém em cima? E depois se houver embrulhada é um problema que só visto! Porque às vezes quem está mal está à direita, e então acha que tem razão, e assim ninguém se entende.

Assim sendo, como este blogue presta um serviço público, deixo aqui a imagem que explica como se deve conduzir numa rotunda com mais do que uma faixa e deixo um apelo, FAÇAM PISCA CARAÇAS!!!! Ah, e tentem não matar alguém, só naquela...

domingo, 1 de agosto de 2010

Críticas: Viagens, aviões e afins, parte II

Chegámos ao destino! Estamos de férias e estamos numa cidade nova aos nossos olhos, com muita coisa para explorar! O primeiro item a explorar são os transportes públicos. Desejo sempre ir de táxi, mas a minha carteira empurra-me sempre para o metro, o comboio, ou o autocarro...

Se a decisão recair sobre o comboio, temos sempre a vantagem de ir vendo as vistas e conhecer um pouco do cenário entre o aeroporto e o centro da cidade. Já optando pelo metro, vamos ter o privilégio de conhecer os túneis quentes, escuros e húmidos da grande cidade.

Desde que chegamos ao aeroporto até alcançar o hotel, vamos olhar para o mapa vezes sem conta e perceber em que estação temos de sair, em que rua vamos atravessar. É aqui que o calçado confortável do avião demonstra a sua mais elevada importância.

O hotel: bom, nunca é o que estava no site... O lobby que tinha um ar tão moderno, perde a sua graça quando encontramos aquele ramo de flores de plástico desbotadas, naquele vaso que nós achávamos que já só existia em Portugal, na casa daquela tia afastada... Se tivermos o prazer de ser brindados com a simpatia do recepcionista, podemos contar com algumas dicas importantes sobre como sobreviver naquele quarteirão durante 3 dias.

Ao chegar ao quarto concluímos que é mais pequeno do que parece. No entanto, a casa de banho até que não é muito má, apesar de ser micro, está com bom aspecto, e as loiças ainda são brancas, assim como as toalhas, placidamente repousadas na sanita. Ainda assim, como bons portugueses, consideramos que o número de sabonetes e o grupo de frasquinhos com shampôs e gel de banho é muito diminuto! Fazemos contas e pensamos - "mesmo que os tire todos os dias só vou para casa com 6!! Isto se fizerem a sua reposição" Um ultraje, pensamos nós!

Estamos preparados para calcorrear a cidade!! Vamos sair, conhecer a cidade, e andar quilómetros, coisa que não fazemos em Portugal, porque convenhamos, é cansativo! Vamos gastar muito dinheiro para ver imensos museus, apesar de não os visitarmos em Portugal, e de serem bem mais baratos! E vamos, obviamente, provar a gastronomia local: McDonalds, Chinês, Tailandês... E claro, não seriamos portugueses se não entrássemos num café português para beber cerveja portuguesa e ouvir toda a gente a falar a mesma língua...! Com sorte comemos um pastel de nata...

E o que fica da cidade que visitámos? Para além das fotos, os pontos turísticos, claro: somos cordeirinhos na longa fila para entrar numa qualquer Igreja, numa Torre Eifel ou numa Torre de Pisa... Gastamos mais uns cobres nestas entradas, e depois podemos ir para casa carregados de imans e com a carteira bastante vazia.

Trazemos uma série de fotos para depois aborrecer os amigos numa exposição no LCD da nossa sala, explicando as 1575 fotos, uma a uma enquanto distribuímos acepipes...! E trazemos comparações: vemos o que é mais barato e o que é mais caro; o que funciona melhor, e o que funciona pior... Trazemos mais bagagem, mais pouco, muito pouco...