domingo, 25 de março de 2012

Tou c'a lua!

Estava aqui tão sossegada e lembrei-me daquela música, do estou na lua. Pensei “bem, que música tão estúpida, deixa-me lá lembrar da letra”. Imediatamente pensei que dava para um post.

Há vários itens que podemos escarranchar aqui no post:

- A coisa não começa mal, o tipo vai atrás de uma tipa, e compara a coisa a uma perseguição do príncipe atrás da Cinderela. Ora eu não me lembro bem da história da Cinderela, mas sei que metia um príncipe. Se ele correu atrás dela ou não é que não posso argumentar, se bem que é possível porque as mulheres têm sempre a mania de se fazerem de difíceis!

"Andava eu atrás dela Como um príncipe atrás da Cinderela (…)”

Mas, se ele se acha um príncipe, será que sofre multiple personality disorder, que é como quem diz, tem um distúrbio de identidade e, vá, acha que é várias pessoas diferentes?

- Bom, a seguir começa a problemática inerente à coisa: então o tipo bate num lampião, tropeça e diz um palavrão?

“Distraído bati num lampião Dei-lhe um pontapé e disse um palavrão”

A) É um benfiquista e eu fico ofendida porque nós não somos meninos para estar assim no chão, caídos (temos uma enorme capacidade de aguentar a bebida, tá bem?).

B) É um lampião na verdadeira acepção da palavra e deveria de pertencer ao Zangão que como é sacana meteu aquilo no caminho do príncipe. Bom, eu inclino-me para a opção B, os tipos eram mineiros! Tinham de ter luzes e cenas dessas.

- E depois disto tudo, eu cá acho que ele bate com a cabeça, ora vejamos:

“Mas porque é que eu estou aqui? Vou mas é para casa pôr-me a estudar. Ela nem olha para mim ou então finge não olhar”.

Bom que a tipa se esteja a fazer de difícil a malta já sabe! Mas se o príncipe também dá uma de geek, quer dizer… assim é que não vai lá! Então ele anda atrás dela e depois ah e tal afinal tenho de ir estudar! E depois há outra coisa… Então ele vai atrás dela e depois pergunta porque é que está onde está? O gajo é parvo, só pode! Ou fumou qualquer coisa à maneira, vá…

- Depois deste manancial de parvoíce, vem o refrão que tanto andou de boca em boca:

"Estou na Lua Não me chateies que eu agora estou na lua E em breve vou chegar ao céu Onde tu estás toda nua (nuinha), só com véu”

Claramente que aqui é confirmada a alucinação do tipo que bateu com a cabeça. Não só tem um distúrbio de personalidade como, ainda por cima, sofre de alucinações, consequência da pancada que deu após ter tropeçado no lampião… Menos mal o facto de ver a Cinderela toda nua, pese embora o facto de estar nua só com um véu, não seja nada abonatório para a saúde mental da senhora… Será que tem um trauma relacionado com casamento? Será que foi deixada no altar e de coração partido entrou num estado de demência?

- E daqui em diante é o descalabro:

“Lá continuei eu atrás de minha amada Como um cavaleiro que defende a espada Ao virar da esquina entrei num restaurante Tinha um emprego muito importante”

Portanto o senhor só numa estrofe passa de cavaleiro a empregado de mesa, a um emprego importante, lá está, confirmamos a multifacetação do senhor. Ou então não! Já sei! É um português em tempos de crise, o tipo deve ter vários empregos em part-time e depois tem de andar a saltar de um lado para o outro… Hum… Aposto nas doenças mentais!

- Para finalizar, fico contente pelo tipo, pois apesar de demente, tem uma boa percepção de si próprio, pelo menos em termos estéticos. No entanto, se quisermos elaborar, podemos tentar percepcionar se não haverá aqui um sinal de narcisismo…! E o facto de usar um estrangeirismo, o tipo estava mesmo a exibir-se…

“Olhei para a vitrine a ver se estava belo Passei as mãos pelo cabelo Preparei-me para entrar - Here we go!”

E agora, gostaram? Ficaram com a música na cabeça? Bem feito, agora não sou a única…