quarta-feira, 30 de junho de 2010

Críticas: 24Horas - Crónica de uma Morte Desejada

Os trafulhas já podem descansar.
Os políticos já podem prometer o céu.
Os famosos já podem acumular dívidas.
Os actores já podem trocar de namorada todos os dias.


A partir de amanhã, o 24Horas já não estará cá para contar tudo.


                                  FIM


Acima reproduzi a capa do último "jornal" 24Horas (sim, as aspas são intencionais). Aquilo que me ocorre é:


Ponto 1: Quem é que nomeou este aglomerado de páginas o Lone Ranger cá do burgo?
Ponto 2: Desde quando é que o 24Horas cumpriu essa função?


Os trafulhas lusitanos hoje dormiram o sono dos justos, após terem subornado 3 inspectores camarários, 7 GNR's e toda a repartição das Finanças da Lousada. Sem medos e receios.


José Sócrates acaba de anunciar que Portugal vai ganhar o Mundial, apesar de ter sido eliminado ontem. Agora que os sherlockianos jornalistas do extinto jornal não estão cá para nos defender, ninguém vai desconfiar da promessa do nosso primeiro.


E os famosos? Ai, os famosos... (o 24Horas falava de outra coisa que não os famosos?) O Jet-Set em peso está neste momento a ligar para a COFIDIS para financiar a próxima rino-mamo-nalgoplastia, que tinha sido desmarcada, não fosse a brava publicação desmascarar as suas responsabilidades financeiras (as quais a partir de agora não têm qualquer intenção de pagar, de forma perfeitamente impune).


O elenco das 47 novelas, actualmente em emissão na TVI, acabaram de actualizar o "relacionamento" no Facebook, depois do fecho do 24Horas. O actual protagonista dos Morangos que terminou um longo relacionamento de 13 horas, afirma que "tipo porque já não temos medo de ser criticados, entendes?".


Na sua mensagem de despedida, o director Nuno Azinheira questiona "quem preenche o nosso lugar na banca dos jornais?" Eu tenho a resposta para esta questão: sacas de carvão. As poucas vezes que tive um exemplar do 24Horas na mão tinha um isqueiro na outra, sendo que o carvão se revela infinitamente mais eficaz para assar um frango à Guia. Além disso, a literatura é inquestionavelmente melhor. Já aprendi alguma coisa a ler instruções de sacas de carvão, algo nunca antes experimentado ao ler o 24Horas.

Whatever...: Fim do 24h

Não sei se o final do 24h é uma coisa boa ou uma coisa má... Fico triste, o blogue acabou de perder um dos seus pilares de inspiração... Valha-nos o Correio da Manhã...! ...Será que ainda publicam o Crime????

Desabafos: Orgulho Ibérico

Orgulho Ibérico

Não consigo deixar de pensar no jogo que mais uma vez parou o País (ainda bem que desta vez não foi durante o expediente). O que eu vi foi isto:

De um lado, a Espanha:

- Actual campeã da Europa;

- 12 jogos/12 vitórias no apuramento;

- Treinador que já foi campeão;

- Base da equipa do Barcelona (bi-campeão espanhol e ex-campeão europeu);

- Jogadores que jogam juntos nas selecções desde os 15/16 anos;

- País cujas selecções jovens ganham regularmente europeus e mundiais;

- País com excelentes resultados em quase todas as modalidades desportivas (campeão olimpico de basket, vários tenistas no top ten do circuito ATP e actual nº 1 do ranking, tem um bi-campeão em Fórmula 1, ganha quase tudo no hóquei em patins, uma das melhores equipas de andebol, etc.).

Do outro lado, Portugal:

- O melhor que conseguiu até hoje foi perder uma final em casa contra essa potência que é a Grécia;

- Apuramento à rasquinha, atrás da Dinamarca, com a "negra" a ser decidida contra a Bósnia-Herzegovina;

- Treinador bem sucedido nos sub-20 em 1989 e 1991 e como adjunto no Manchester United; tirando isso, só fracassos em 20 anos de carreira;

- Equipa sem defesa direito (vejam o lance do golo, volta depressa Bosingwa!); "onze" constituído por jogadores sem rotinas de conjunto ao contrário dos jogadores do Euro 2004 e do Mundial 2006; uma estrela que passou o jogo a tentar driblar 4 opositores no seu meio-campo, perdendo sucessivamente a bola. Porém, nem tudo foi mau: revelámos os melhores guarda-redes e defesa esquerdo do Mundial;

- Quanto a sucessos desportivos portugueses, assim de repente, lembro-me do salto do Nélson Évora, temos um campeão europeu no judo e somos bons em bóccia, no chinquilho (para quando uma congénere da UEFA?) e em matraquilhos.

Agora, a análise propriamente dita:

Estes factos, indesmentíveis, demonstram que o sucesso do desporto espanhol não resulta do acaso, mas de um profundo investimento estrutural, de base, com planeamento estratégico a apontar para os resultados de longo prazo. A Espanha investiu nos últimos anos na criação de condições que conduziram a este sucesso. Sugiro um estudo comparado, e que se adopte (onde for possível) o exemplo espanhol. Acho que ainda vamos a tempo.

No contexto acima descrito, resisto à tentação de criticar o seleccionador português, embora critique quem o escolheu; não critico o egocentrismo do Ronaldo, mas critico os media e as marcas que criaram o monstro; não critico o Ricardo Costa mas quem o convenceu a ser jogador de futebol. Enfim, acho que não tenho legitimidade para, do conforto do meu sofá, criticar os 14 jogadores que, para deleite de 13 milhões de portugueses unidos num desejo comum de glória, se esforçaram em campo para elevar o nome de Portugal, perante tantas adversidades.

Como gosto de pensar positivo, do duelo ibérico de hoje retiro a seguinte lição: se nos inspirarmos nos abraços do final do jogo e juntarmos o exemplo espanhol de investimento e planeamento verificado no desporto, ao sentimento demonstrado hoje pelos portugueses em torno de um desígnio comum de elevação de Portugal, talvez possamos encarar o futuro com mais optimismo.

Amanhã, quando for trabalhar, vou ouvir 13 milhões de vozes em uníssono: Levantai hoje de novo o esplendor de Portugal...

terça-feira, 29 de junho de 2010

Críticas: D. Januário, a excepção confirma a regra

Caríssimos,

Esta noite para vosso deleite, temos um artista convidado.  A minha cara-metade. Se quiserem saber mais sobre ele podem consultar um post anterior chamado "O meu MARido". Como poderão verificar os seus talentos não se resumem à apanha de robalos. 
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Aconselho vivamente a leitura da entrevista que D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, deu ao jornal I na edição do último fim de semana (26/27JUN). Desta, retiro as seguintes passagens:


I - Não ficou chocado quando leu o "Evangelho Segundo Jesus Cristo"?
"Não. A mim o que me chocou foi perceber que muita gente o atacava só por ser comunista e por não ser católico. Isso não tem nada a ver com a qualidade da sua produção literária."

I - Criticam-no por ser de esquerda, por exemplo...
"Isso para mim até é muito simpático. Se as pessoas entenderem que ser de esquerda é falar dos problemas sociais, defender gente desempregada, demonstrar diante de sistemas governamentais a sua inutilidade, desvarios e erros...Tenho-me batido por isto e até dada altura parecia estar sozinho na luta. Fiquei contente quando ouvi, recentemente, o grande bispo do Porto, D. Manuel Clemente, falar sobre as Scut. É importante um bispo alertar para as condições sociais das populações. Foi o grito de um cidadão bom, inteligente, educado, que lança um alerta."

I - Como encara o movimento de gays católicos?
"São pessoas que põem problemas. Eu acho que o drama de cada pessoa deve ser entendido. Nós julgamos e jogamos com generalidades. Eu despertei para este problema já há muitos, muitos anos, quando conheci um casal que já não era jovem e que me confessou, amargurado, que o filho era homossexual. E eles sofriam e diziam: Não discriminamos o nosso filho, achamos que não é um crime.
Nós podemos não aceitar nem entender que os nossos filhos sejam homossexuais mas temos de os amar, não os podemos afugentar. E a Igreja só pode ter uma atitude: acolher, ouvir, tentar entender. Eu às vezes pergunto a colegas: Você já alguma vez falou com um homossexual? É que eu já e sabe o que vi? Uma pessoa que sofria loucamente, porque não era entendida, porque tinha uma orientação sexual que não é aceite socialmente. Alguém que se sentia só, escorraçado. Alguém que se escondia."

I - A fé cabe, então, no domínio da razão?
"(...)Há uma frase de Pasteur de que gosto muito: Porque eu estudei muito, tenho a fé de um bretão. Mas se eu tivesse estudado mais, teria tido a fé de uma mulher da Bretanha - Porque a mulher é mais piedosa. Esta frase tem sido um dos grandes guias da minha vida".


Não sou católico e continuo convicto que a Igreja Católica parou no tempo. O Papa chegou a Angola, onde a pandemia do HIV assume proporções assustadoramente trágicas e declarou, do cimo da sua autoridade insuspeita, que o uso do preservativo não contribui para combater este flagelo; relativamente à pedofilia praticada por sacerdotes, a Igreja tentou ocultar os casos em vez de punir os prevaricadores.
O Papa vem a Portugal, o País pára três dias e o momento alto da visita é um grupo de betinhos cantarem até Sua Santidade vir à janela dizer: ...deixem-me dormir! Enfim...
Contudo, ao ler a citada entrevista, constato que no seio da Igreja Católica também há uma minoria de vozes esclarecidas,desassombradas, inteligentes, humanistas e visionárias, que contribuem para a tranformação do mundo num sítio melhor.
    

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Whatever...: Procura-se - São Pedro

Está desaparecido, na zona de Sintra, idoso de idade bastante avançada. É um Santo e está amnésico, não se recorda do que faz nem quem é, e faz amanhã anos. Toda a povoação está preocupada, e também com frio...

Desabafo criativo: Reajuste de horários

No seguimento do meu post sobre a alteração de feriados em Portugal, comecei a debater internamente, de mim para mim, a problemática da produtividade no nosso país. E foi hoje, quando acordei bem cedo, que tive uma epifania. Descobri uma forma de aumentar a produtividade! Pelo menos a minha, que já é bem bom! Então e se o nosso horário de trabalho dependesse da nossa hora de acordar? Não era fabuloso? Mas com uma hora limite de entrada, vá, até às 11.00h (talvez...)!

Vantagens:

- Acordar sem o barulho irritante do despertador: sejamos francos, mesmo que seja uma musiquinha agradável a sair do telemóvel, o facto de qualquer som nos arrancar dos most wildest dreams é medonho... Assim sendo, ao acordar naturalmente, com os raios de luz solar a entrar no quarto, por exemplo, pacífica a mente, e uma mente pacificada trabalha melhor, todos sabem!

- Dormir melhor: Porque sem hora marcada para acordar, nós dormimos melhor! Sentimo-nos mais relaxados, até parece que dormimos a sorrir!

- Dormir mais: Porque todos sabem que não vale a pena deitar muito cedo, acaba por não compensar... Aquele tempo extra de manhã é que sabe bem.

- Mais tempo para espreguiçar: Não temos de ir a correr tomar o banho matinal só porque o despertador tocou e temos as horas contadas! Nada disso, podemos nos deleitar os minutos que quisermos!

E com isto, meus caros, chegamos ao trabalho com outro animo! Mais descansados e relaxados, e assim trabalhamos mais e melhor, não acham?

domingo, 27 de junho de 2010

Desabafos: Ódios de estimação

Eu adoro muitíssimas coisas, muitas delas ninguém percebe muito bem porquê, o que ainda faz aumentar mais a minha adoração. Porque é só minha, porque a acarinho sozinha, porque só eu a percebo e porque aprecio o que é peculiar.

Por outro lado, os meus ódios de estimação enchiam tranquilamente o Pavilhão Atlântico. São ódios que merecem o meu afecto, que gosto de cultivar e partilhar com as outras pessoas. Quando o faço é com a secreta expectativa que me perguntem o porquê, ou melhor ainda que não concordem comigo. Isso permite-me verbalizar tudo aquilo que mentalmente fui apontando, destilando o meu veneno em todo o seu esplendor.

Para vosso deleite, passarei a elencar alguns dos fúrunculos a que dedico este grandioso sentimento. A ordem é aleatória, por isso se se enquadrarem nalgum dos pontos não fiquem tristes se não encabeçarem a lista. E não, não vou falar sobre as vuvuzelas... Odeio ser previsível!

Os frontais

Há uma classe de gent(inha)e que viu o seu grande apogeu acontecer em simultâneo com a descoberta dos reality show's neste cantinho à beira-mar plantado.

Esta espécie tem por hábito começar as frases por "isto é assim", e  partilham um especial interesse pela mitologia grega, sendo a referência ao Hades recorrente. Referem também muitas vezes o Hadem, mas as minhas buscas relativas a esse deus grego até agora revelaram-se infrutíferas.

Os frontais são, como é que hei-de explicar, frontais. E para que não haja dúvídas disso, eles dizem-no periodicamente. Quase que dá para acertar um relógio por um frontal...

No entanto, aquilo a que chamam frontalidade, na minha opinião traduz-se numa gritante ausência de sentido de conveniência. A honestidade das suas milhentas opiniões (sim têm opinião formada sobre tudo) é uma amálgama dos lugares-comuns que vão recolhendo entre aquilo que ouvem no café que frequentam , nos programas da manhã e last, but not the least, nos pasquins e revistas ditos cor-de-rosa que atulham os nossos quiosques (não substimem a utilidade destas publicações: o Correio da Manhã faz uma labareda linda!).

Qualquer manifestação de inteligência, ao invés do habitual chico-espertismo, por parte de um frontal, não é coincidência. É um milagre.

Uma última nota importante: é comum confundir este tipo de gent(inha)e com os "isto o que faz falta é um Salazar em cada esquina".  Dica para os distinguir: os primeiros "cospem" para o ar, os segundos cospem para o chão.

O inimigo público em pobrezinho: O alargamento da Coina

Não sei se é de mim, mas quer-me parecer que andam a alargar a Coina há demasiado tempo.
Sou daqueles portugueses do Centro Sul do país que quando pensa em férias saliva por uma boa praia. Assim que o tempo o permite vou para o Algarve ou para a costa Vicentina e já não me lembro da última vez que saí rumo à 25 de Abril e poucos kms depois lá aparecem os avisos: "atenção: alargamento da Coina". E tenho uma boa memória... O que significa que por estes dias estamos já a falar da maior Coina da Europa, quiça Europa e Madagáscar! Pensei que se calhar, face a tanto tempo, o alargamento tenha tido uma "paragem" mas, se virmos bem, quando se pensa em Coina a última coisa que se pensa é em "paragem"... Portanto a conclusão é simples, se a Coina não teve "paragem" então continua a alargar! Qualquer dia perdemo-nos lá dentro! Saímos da ponte, entramos na Coina e nunca mais saímos... Ou melhor saímos e voltamos a entrar, perdidos nos prazeres da A2: Coina, Setúbal - Setubal, Coina - Coina, Paio Pires - Paio Pires, Coina - Coina, Picha - Picha... Por acaso Picha é mais ou menos do tamanho da Coina, umas 4 ou 5 ruas, 1 cruzamento, por isso menos mal. Mais cedo ou mais tarde acabamos, na mesma, por descansar uns dias no Algarve.

Whatever...: É a crise!

No site do DN noticia-se que a crise anda a roubar clientes às prostitutas. É caso para dizer que quando está mau, está mau para todos! Dizem inclusivamente que os poucos clientes que aparecem ainda regateiam, como se tivessemos na feira, acrescento eu!

Querida Dr.ª Rute: Onde foste?

Não há nada pior do que a sucessão das seguintes perguntas: Onde foste? Com quem estiveste? A fazer o quê? Já agora, querem também perguntar quem são, de onde vêm, para onde vão e se há vida em marte?

A metodologia do interrogatório numa relação é realmente assustadora. No entanto, pior é verificar que, se ocorre mais do que uma vez é porque a culpa é nossa. Se cairmos na ratoeira de responder nas primeiras ocasiões em que surgem estas questões, passa a existir a obrigatoriedade de responder a um relatório diário, onde temos de esmiuçar convenientemente os nossos passos desde que saímos da cama de manhã e até que nos voltamos a deitar. Pois é, tal como em muitos outros maus hábitos, a culpa é nossa, porque somos nós que temos de os educar. Temos de fazer ver que não somos o cartão e eles a máquina de picar ponto.

Não se permitam ser controladas, caras leitoras! Tomem as rédeas da vossa vida!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Whatever...: Festival SBSR

Vão circular autocarros entre Lisboa (Praça de Espanha) e o Festival SBSR, no Meco - ida e volta! Resta saber se vão equipados com saquinhos para vomitar, como nos aviões!!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Querida Dr.ª Rute: Os diminutivos

Queridos leitores, hoje vamos falar dos nomes pelos quais somos tratadas. Não há nada pior do que os diminutivos fofinhos que nos chamam. Termos como "fofa", "querida" (inclui queriduxa) ou "linda", podem deixar uma mulher louca, mas não no bom sentido. Ainda assim, estas denominações são suportáveis, quando comparadas com a magnificiência de "bébé". Este termo é muito mau. Até fico com vontade de dizer, "chama-me nomes, mas não me chames de bébé".

Aliado a estas denominações, que já são, por si só, assustadoras, surgem os diminutivos: "fofinha", "queridinha", "lindinha", ou a maior ofensa possível: bebezinho! Não há paciência para estas lamechices. Se nos querem tratar bem, não é preciso tratar por "anjo" ou "anjinho", podemos ter esse ar, mas também temos um nome próprio que pode ser convenientemente utilizado.

Há um termo ainda mais assustador, que pode provocar naúseas a mulheres mais sensíveis: "amor" ou "mor". É realmente muito mau, quando até estamos a ter uma relação agradável, e eles saem-se com o "oh mor". Epá, isso é que não! Não há paixão que dure. O pior é que há mulheres que até gostam. O amor é cego!

Mas há um termo vencedor, "the oscar goes to": morzinho! Este termo carinhoso é de facto o mais degradante deste conjunto todo! Eu nem sei qual seria a minha reacção perante esta denominação. Estupefacção seria certamente, não consigo é percepcionar o que faria depois de recuperar do choque, o que poderia demorar cerca de 2 meses. Depois de recuperar e sair da inércia que caracteriza tamanho choque, creio que teria de repensar todo o relacionamento. Mais ainda se não fosse reincidente, ou seja, se nunca tivesse utilizado os outros termos já referidos. Quando eles são utilizados, aí, podemos esperar tudo, até mesmo que nos tratem por "morzinho". No entanto, se o "mor" surgir do nada, acho que a primeira reacção é sentir que perdemos o chão, e que vamos cair redondas.

Whatever...: Passes para festivais esgotados

O que é que se passa neste país que os passes para os três dias do Festival Alive e para o da Ericeira esgotaram? Pensava que só o piquenique do Modelo e outros concertos do Tony Carreira é que esgotavam! Não me digam que o país está a começar a ter bom gosto, não pode! Até fico emocionada perante tal possibilidade!!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Críticas: Perdoai-lhes Senhor, que são ingleses...

O Ministério Britânico dos Negócios Estrangeiros apresentou desculpas ao Vaticano, por ter divulgado um documento em que aconselhava o Papa a lançar a sua própria marca de preservativos “Benedict”, abençoar um casamento homossexual e inaugurar uma clínica de aborto, por ocasião da visita ao Reino Unido. Defendia-se ainda, que fosse criada uma linha para crianças violentadas.

Vamos por pontos:

• Os preservativos são aqueles balõezinhos que evitam a SIDA, que como bem sabemos é uma doença de pederastas. Ora que interesse, que utilidade, que propósito poderá o Papa encontrar em evitar a morte desses “doentes”? Aliás, eles estão mesmo a pedi-las.

• Relativamente a abençoar o dito casamento, se tudo corresse como era expectável para o Santíssimo, não haveria hipótese de existir a dita cerimónia, pois já limpámos com essa espécie no ponto atrás.

• Quanto às clínicas de aborto, esses infanticidas hediondos não têm perdão. Por norma, existiam/existem nas paróquias  umas doutas senhoras que tratavam/tratam de certas e determinadas indisposições que assolavam/assolam as meninas que frequentavam/frequentam a sacristia amiúde. Na paz dos anjos…

• Que falta de imaginação essa ideia da linha. Sempre que uma criancinha quiser partilhar algo, existe um sítio apropriado em qualquer paróquia, onde podem desabafar tudo o que lhe for nas alminhas, com o necessário resguardo, privacidade e imparcialidade, como está claro. Chama-se confessionário. Tem ligação directa com o melhor de todos os Juízes. Ou caso a linha esteja impedida, com o assessor mais próximo.

Para terminar, há que salientar que o Ministério fez questão de pedir desculpas ao Vaticano. E como o Papa aprecia um bom pedido de desculpas…

terça-feira, 22 de junho de 2010

Querida Dr.ª Rute: Parcialidade vs Amizade Colorida (re-publicação)

No outro dia li algures que a paixão é sinónimo de parcialidade, ou seja, estar apaixonado é ser parcial... Apressei-me a consultar um dicionário, para confirmar o significado de parcial: favorável a uma das partes em litígio; pessoa partidária de alguém. Hum... Para parcialidade surgem as seguintes definições: Partido, fracção. Instala-se a confusão! Ora bem, é verdade que quando nos apaixonamos tomamos mais facilmente o partido do nosso “amante”, mas daí a ser sinónimo... Como não me considerei suficientemente clarificada, fui procurar a palavra paixão. O dicionário que consultei apresenta dez significados, sendo que o terceiro é: grande mágoa!! O sexto, lá está, é parcialidade. Afinal estar apaixonado é ser político! Que brilhante conclusão.

Gostei especialmente da décima definição: Colorido! Provavelmente deveríamos de criar uma nova denominação para a amizade colorida, uma vez que a cor pressupõe paixão! E é mais que certo que a maior parte das amizades coloridas não é ensombrada pela paixão... (a não ser que estejamos a falar da paixão carnal...). O problema surge quando na amizade colorida surge paixão... De um dos lados!

A grande vantagem da amizade colorida é não existiram laços, nem promessas, nem previsões para o futuro. Nunca se sabe quando vai acabar, apenas se sabe que vai morrer de morte natural. Este tipo de relacionamento – ou não relacionamento – deixa de fazer sentido quando se fazem exigências que vão para além da satisfação física.

Tenho, definitivamente, algumas objecções a esta definição. Para além da questão da cor, já expressa anteriormente, a palavra amizade não me parece ajustada. Amizade pressupõe uma relação harmoniosa, e harmonia é por vezes o mais difícil de encontrar neste tipo de relacionamento. Principalmente quando as perspectivas são diferentes!!

Um relacionamento baseado na amizade é caracterizado pela afeição e simpatia. Então, como é que uma amizade colorida, que se pretende que seja sem laços e sem sentimentos (pelo menos sentimentos profundos e importantes), pode ter como base, palavras, cujas definições contradizem as suas características principais? Temos utilizado as palavras erradas! Para definir relações erradas!

Defendo a alteração da denominação. Podemos trocar as palavras “amizade colorida” por “possível não-relacionamento engraçado até certo ponto”. Persiste a dúvida se será um relacionamento. Gostei bastante de verificar no meu dicionário que, para a palavra “relação” existe uma definição muito interessante: “trato social”. Bem, podemos considerar que será um trato social, mas numa sociedade composta por duas pessoas, cujo convívio se verifica entre 4 paredes...

Quanto à restante definição, considerei que a palavra colorido merecia ser substituída por uma que sublinhasse igualmente as vantagens desta relação, mas que, ao mesmo tempo, alertasse para os perigos da mesma. Assim sendo, será “engraçada até certo ponto”, uma vez que é engraçada até que começa a haver “cor” e a confundirem-se sentimentos! PS: Ainda bem que já passei esta fase e tenho uma pessoa brilhante ao meu lado!

Desabafos: O meu MARido

O meu MARido O meu marido… A primeira vez que me referi a ele como "o meu marido", tive um ataque de riso, o qual não terá sido muito apreciado por ele. Pior, pior, só o ataque de tosse quando peguei na caneta para assinar “O Contrato” (nota: um ataque de tosse dentro de um corpete e uma saia de balão é uma provação). Eu acho que ele não vai querer festejar as bodas de prata, com receio que desta vez o ataque seja cardíaco.

Mas voltando ao meu marido, é viciado no mar. Poderão dizer que é saudável, proveitoso, relaxante, que há vícios piores. Ok! Podia ser viciado em substâncias estupidificantes, tipo álcool, jogo, o Benfica, mas para isso tinha-me casado com o Manuel Vilarinho. Mas o que vem por acréscimo deste vício do mar, é que torna a questão complicada. Sigam-me:

•Vou fazer uma salada. Vou abrir o frigorífico. Vou abrir a gaveta dos vegetais. O que é que eu encontro entre a rúcula e a courgette: minhocas embrulhadas num jornal, vulgarmente conhecidas por isco. Esquece a salada, vou comprar um frigorífico novo com alarme anti-invertebrados repugnantes.

•O meu marido é lindo. Não quero parecer Luciana Abreu, mas é verdade. Ele é mais uma prova do meu impecável sentido estético. Mas pescar, também é sinónimo de Carnaval, aliás, aqui encaixa-se melhor o Halloween, e já vão perceber porquê. Imaginem a seguinte peça de roupa: jardineiras/galochas. Dois em um, mas sem o odor frutado dos champôs. Em borracha verde, no tom “relva enlameada”. Ah, e não nos podemos esquecer do gorro com tapa-orelhas, que lhe confere o glamour dum lenhador. Tudo isto, num adulto com 38 anos. Isto é que é testar a libido da mulher (provas ultrapassadas com distinção, diga-se em abono da verdade).

• Ele vai pescar à noite. Eu juro que não adormeço até ele chegar, na esperança de lhe incutir algum tipo de sentimento de culpa. É claro que sozinha, acabo por entrar naquela dinâmica vinho tinto alentejano mais telecomando, e adormeço antes de acabar o genérico do episódio especial nº 3333 do CSI qualquer coisa. Acordo estremunhada, enquanto ele irrompe pelo quarto: “Olha, amor, olha!”. O que é que ele traz na mão? Hipótese A: um ramo de rosas vermelhas Hipótese B: aquele relógio novo da Calvin Klein Hipótese C: um alguidar de peixe. Sim, a bela pescaria é sinónimo de incenso de escama no meu quarto, às duas da manhã.

Aposto que por agora, já estavam dispostas a aceitar um cônjuge permanentemente etilizado, e cuja segunda casa é o Bingo da Luz, de braços abertos. Pois, mas isso é para quem gosta de facilitismos. As dificuldades a mim não me assustam, gosto de desafios. Aceito esta estrada ,sujeita às duras intempéries, características de quem se resignou a casar com um homem simpático, bonito, inteligente, e com escamas debaixo das unhas. Cada um tem a sua cruz!

Crítica: Forte e fraco?

Sexo: Condição orgânica que distingue o macho da fêmea; ~ Forte: o homem; ~ Fraco: as mulheres. Esta definição que encontrei no meu dicionário, não será sexista? Por sexista entendem "aquele que é partidário do sexismo", ou seja, "atitude discriminatória com base no sexo". É sexista! As mulheres como sexo fraco, não entendo! Passamos pelos prazeres e desprazeres que carregar uma criança, os nossos órgãos mudam de sítio, as costelas sobem, e somos as fracas? O homem apenas deposita a sua semente e pode bem ir à sua vida! Dicionários... quem precisa deles também...!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Whatever...: Portugal 7-0 Coreia do Norte

QUEM NÃO TEM KETCHUP, CAÇA COM MAIONESE!

Desabafos: Hoje há bola! Parte II

E a vuvuzela de 7 metros vai na bagagem da Coreia do Norteeeee! Eu assim até começo a apreciar a possibilidade de Portugal ficar mais tempo no Mundial, é que quando existem jogos não há trânsito, não existem pessoas nas ruas, não há nada, é fabuloso! Voto a favor disso...

Desabafos: Morte de José Saramago

"Todos sabemos que cada dia que nasce é o primeiro para uns e será o último para outros e que, para a maioria, é só um dia mais."- J.S.

É muito comum que o falecimento de alguém se traduza num branqueamento que desafia a melhor das líxivias. O malogrado passa a ser o mais virtuoso dos seres humanos, e todos tem memórias agradáveis para partilhar, atitude que eu critico amiúde.Dito isto: eu não era fã do Saramago. Não apreciava a escrita,e não simpatizava com a maioria das posições tornadas públicas. No entanto, é inegável o contributo para a notoriedade da literatura portuguesa. Assim, Portugal foi notícia internacionalmente, por outro motivo que não a Selecção ou o rating.

O inimigo público em pobrezinho: Luciana Abreu no Bom Dia, Portugal

Luciana Abreu é convidada do “Bom Dia, Portugal”, para comentar temas da actualidade:

 • PEC: “ Ai, gosto muito! É aquele que canta a Nina, não é? Mas o meu Yannick é melhor. É que diz que o chocolate com leite engorda mais que o chocolate negro.

 • Casamento entre homossexuais: “Olhe que acho bem! Eles são tão queridos, tão fofuchos! Acha que posso adoptar um casalinho deles? Posso, posso?

 • Vulcão Islandês: “ É uma tristeza, um desconsolo, fica tudo tão cinzento, tão tristonho. Ainda para mais, dá cabo do arvoredo. E eu, desde que aquela árvore fez de minha mãe, as bichinhas ganharam um cantinho no meu coração. Será que também posso adoptar uma?”

• Queda da Bolsa: “Uma tragédia, um ai Jesus! Quando me cai a bolsa ao chão, fico fora de mim. Então se for aquela que me custou os olhos da cara. Aquela do Luís Vitão, a fazer pandante com o boné do meu chocolatinho.

 • Lady Gaga em Portugal: “ Isto é assim, acho uma pouca-vergonha! A mim tudo me cai em cima, porque tenho um bocadinho de sotaque. Essa avestruz, só porque é estrangeira, até pode ser gaga que ninguém marra com ela. Essa nem para adoptar, lhe pegava…

Desabafos: Hoje há bola!

Hoje é dia de pôr a vuvuzela de fora! E soprar como se não houvesse amanhã! Vai daí até é capaz de não haver amanhã porque com estas demonstrações de futebol de baixo nível... Grande mundial, este! É só surpresas, temos grandes equipas a jogar futebol de baixo nível, equipas chateadas e a cancelar treinos, temos uma equipa com a mania que é a maior e que acho que vai levar a vuvuzela... Na bagagem!!!!! Entre outros petiscos... Será que ainda falta muito para acabar?...

Desabafos: Trabalhos na estrada em hora útil.

Nas grandes cidades dos países desenvolvidos, os trabalhos a efectuar nas vias rodoviárias são feitos de noite, assim como a recolha de lixo, entre outras necessidades que se impõem no mundo moderno. Vamos nos centrar nos trabalhos nas vias. Ninguém imagina uma Oxford Street, em Londres, com uma faixa cortada em hora de ponta porque estão a pintar uma passadeira, pois não? Imaginem uma série de taxistas nova iorquinos em fila indiana atrás daqueles carrinhos que vão a pintar a estrada...

Faz sentido: de noite, os centros de negócio, as baixas, os Central Business Districts, estão vazios. De dia, estão cheios de pessoas, a correr no seu dia-a-dia, e cheios de carros, autocarros e outros motores.

Ora, qual não é o meu espanto, quando no outro dia, ao chegar ao meu local de trabalho - que é num centro de empresas - vejo uma fila enorme porque estavam na via rápida a usar uma das faixas para pintar a estrada...

Pensei, mas nos países desenvolvidos isto não acontece, então... Estamos num país de terceiro mundo! Pronto é isso! Pior, pensei eu! Porque em alguns países de terceiro mundo não há sequer macadâmia, portanto, também não devem fazer isto! Ah-ha! Somos um país único então...

Se eu comprovar que isto também acontece em Espanha, Itália e Grécia, então temos uma revolução na organização mundial!! Temos os países desenvolvidos, os países em desenvolvimento e os palermas do mediterrâneo!

domingo, 20 de junho de 2010

Críticas: Estamos fechados às Segundas.

Estamos fechados às Segundas.

Duas deputadas do PS tiveram a brilhante ideia de apresentar uma proposta que se baseia na alteração do dia em que se festejam os feriados em Portugal, exceptuando-se o Natal e o dia de Ano Novo. Parece que em primeiro lugar, os feriados seriam deslocados para as sextas-feiras, mas diz que, uma vez que existe muito Português trabalhador a laborar aos sábados, passariam então para as segundas-feiras. Alguns feriados vão desaparecer e poderá surgir um novo, a 26 de Dezembro, o dia da família...

Estas alterações têm como objectivo principal aumentar a produtividade do nosso país que, verdade seja dita, nunca viu grandes dias...

Fazendo uma breve reflexão sobre esta temática, temos aqui muito para desenvolver!

A segunda em vez da sexta: Será que as senhoras precisam das segundas para ir ao cabeleireiro, porque ao fim de semana têm lá a família e não lhes dá jeito? Eu tenho pavor às segundas-feiras, tudo bem, mas a blue monday, é um dia especial, em que nos auto-flagelamos porque temos de trabalhar! Como é que o português tristonho vai lidar com feriados à segunda-feira? Acho que pode resvalar para a histeria colectiva e tenho medo...

A questão da produtividade: Bom, vamos lá ser francos e concisos, o problema da falta de produtividade em Portugal é estrutural, antigo e não está relacionado com os feriados que existem. Claro que se o Estado dá pontes de bandeja, isso poderá ter efeitos nefastos... Mas no privado, meus caros, quem quer tira férias, e quem as deixa tirar organiza tudo de forma a que se possa continuar a trabalhar... Portanto, não me parece nada bem estar a relacionar feriados às quartas feiras com falta de produtividade. Não sei, e também não vou pesquisar, mas aposto que existem países com mais feriados do que nós e que têm uma taxa de produtividade superior...

A comemoração: Bom, não sei muito bem como está estruturado o projecto das senhoras Deputadas, mas se só o Natal e o Ano Novo ficam onde devem ficar, a questão que se impõe é, vamos ver os carnavais deste país à segunda? Existe um feriado religioso, o Corpo de Deus, que é sempre a uma quinta-feira, contabilizado uns dias após a Páscoa (acho eu); Este feriado passa para uma segunda? Eu percebi que ainda iam consultar a Igreja, mas também não sei se é uma boa ideia...

Outro exemplo: Enquanto a maior parte do mundo moderno, onde supostamente nos inserimos, está nas ruas a gritar “a luta continua”, estamos nós a laborar que nem formiguinhas!! Lamento, mas isto não faz sentido nenhum! As senhoras Deputadas dizem que a comemoração é mais importante do que o dia em si. Poderá ser verdade, mas se calhar, dizer a um republicano para passar a festejar a implementação da República a 10 de Outubro, é capaz de ser um tiro no pé... Ou então, se este for um dos feriados a desaparecer, pior ainda.

Agora muito a sério:

Caros deputados, temos um país tão abandalhado, tão complicado, com tantos problemas estruturais, não acham que é necessário perceber melhor a questão da produtividade? Perceber de onde vem? É que já vem de muito longe meus caros! Não é simples de perceber, e muito menos de resolver, mas não é com alterações nos feriados que isso vai acontecer! Ou também vão acabar com o mês de Agosto, tendo em conta que neste mês o país pára? Também posso fazer anos na segunda seguinte? Era mais nova por uns dias...

A revolução tem de ser extensa, profunda e marcante na sociedade Portuguesa, não é com estes pequenos fait-divers que a malta lá vai...

O inimigo público em pobrezinho: CR9 no cinema

Messi e Cristiano Ronaldo foram convidados para entrar no remake “Fuga para a Vitória”.
Cristiano já comunicou que não vai poder participar por uma questão de agenda. “Penso que não vai ser possível, pois vou entrar no próximo filme do Manuel Oliveira “Singularidades do Melhor Jogador do Mundo”, que tipo sou eu. O craque acrescentou ainda “Penso que não é um Bergman, mas tipo é o que temos.”


Manuel Oliveira tece os maiores elogios ao futebolista “É muito fácil trabalharmos juntos, não há nada que encaixe melhor numa longa-metragem com um único plano, que o Ronaldo a dar toques ininterruptos na bola.”


O cineasta centenário fez ainda questão de acrescentar “Além disso, apresentou-me montes de gajas!”