domingo, 7 de novembro de 2010

Globo

Se são da minha geração ou próximos, têm de ter um globo destes! A não ser que tenha sido despachado numa arrumação daquelas à séria em que deitamos fora metade da casa. O meu dá luz, atenção, e é mesmo velhinho. O que eu gostava de saber era se também vos acontece pegar no globo, rodar, apontar o dedo e considerar "Sim, eu era pessoa para ir aqui!". Quando era mais pequena fazia-o pela curiosidade geográfica, agora o interesse é outro, embora não seja o mesmo do Príncipe que vai para NY escolhendo o destino através da ponta do dedo. Ele queria encontrar uma rainha, eu quero sonhar que vou a todos os cantos do globo, incluindo aqueles onde o dedo só encontra água.

Viajar é das melhores formas de evoluir, não significando que quem fica não evolui. É claro que temos de ir com essa predisposição. Se vamos com horários rígidos e coração fechado só vamos evoluir no número de museus que visitámos e na quantidade de fotos que trazemos para casa. Eu aposto mais em trazer memórias, trazendo igualmente um número absurdo de fotos, e despachando os museus para quando e se me apetecer.

Gosto especialmente de viver o outro sítio, observar. Dou por mim a achar imensa piada à inexistência de antenas em edifícios, à planta da cidade, às caras das pessoas e tentar decifrar quem é de cá e quem não é. E principalmente, conhecer a gastronomia. Não me venham com tretas nem dietas quando vamos de férias, só o dinheiro me limita quando toca a comida!

Serei só eu a sonhar com o globo de infância?

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