terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Amor fast-food

Há ali um drive in, vais, pedes o melhor hambúrguer, escolhes bem, levas para casa, aproveitas todo o hambúrguer e deitas fora toda a lixeirada que se acumula quando levas comida para casa e ainda podes ganhar uma indigestão. Assim é o amor fast-food: Vais, sais à noite, escolhes a carne, levas para casa e no outro dia, tens algo para deitar fora que não queres vincular a ti e até podes ficar com uma indigestão.

Dizes que não, sabes o que fazes e não ficas indigesta. Mostras isso, mas, e lá dentro, no teu estômago? Está ácido ou está mel? Como é que podes dizer que estás bem? Depois de uma comida rápida, que parece que satisfaz mas que depois nos dá mais fome, tens a certeza? Não queres um Kompensan, como quem diz, falar sobre isso, libertar o estômago das emoções? Não as tens? Tens de ter, todos temos. Temos corpo, mente, espírito e emoções. Tens o corpo que usas para as migalhas de atenção, a mente que te diz que isso te satisfaz, o espírito a quem baixaste o volume para não ouvir, e as emoções. A essas, chamas dor de barriga. Dizes que são indigestões. Engoles o que sentes, só para não sentir. Congelas a cara na máscara que preferes e continuas a fazer o mesmo. E quando é que vais perceber que te gastas? Que vais sempre sentir a mesma fome, porque o alimento que dás a ti própria não está a ser suficiente para te nutrir… Põe os pés no chão. Sente-te, a ti. Num todo.

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