O tempo é aquela coisa esquisita, indefinida, sentida apenas pelos relógios a cada passada que dão. Em toda a nossa vida lutamos contra o tempo, ou para chegar a horas, para chegar a algum lado sem atrasos, ou para que ele não se note no nosso corpo.
O mistério do tempo tem destas coisas. Ora queremos que passe depressa, ora queremos que ele pare. Quando queremos que passe depressa, ele anda mais devagar, e quando queremos que ele pare, os ponteiros aceleram. Como ouvi uma vez dizer, o tempo tem no relógio de pulso o seu polícia, constantemente a dar ordens.
É nesta altura do final do ano que temos uma maior consciência do tempo num grande plano. Não vos estou a falar dos cinco minutos de atraso. É nesta altura que nos consciencializamos de que o tempo nos foge pelas mãos, mais rápido do que a areia pelos dedos. Olhamos para trás e vemos aquilo que não cumprimos e tentamos refazer o caminho perdido. Objectivamos o ano que vem e poucos dias depois tudo isso se evapora.
Não façam planos. O Janeiro inóspito faz com que eles se dissipem. Está frio, estamos tristes e tudo exige ainda mais energia, energia essa que não temos nesta fase. Mas avancem, sem expectativas.
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