A verdade é que o meu avô tinha sempre estes rebuçados no bolso. Teve uma fase em que fumava muito, não sei se foi por isso que tossia muito, mas certo é que, - e não sei se não seria efeito placebo - quando ele tomava um Dr. Bayard, ele deixava de tossir!
Como criança, e na altura em que fui criança, qualquer rebuçado era bom, mesmo que fosse para a tosse. Aliás eu lembro-me de beber de garrafa, às escondidas, claro, o xarope para a tosse porque era de morango (não deixava de ser xarope). Assim andava eu a pedir rebuçados ao meu avô. Na maior parte das vezes era ele que me perguntava se eu queria, e lembro-me tão bem dele meio curvado e a segurar um rebuçadinho por um dos lados.Estas viagens à infância são doces. Claro que também existem as que nos remetem para momentos menos bons, mas acho que devemos acarinhar estas memórias boas e quem sabe passá-las para as gerações seguintes. Um dia espero que os meus netos gostem de rebuçados Dr. Bayard e não me peçam doces de uma qualquer bonecada sem interesse (a não ser o comercial).
Hoje tenho um pouco de tosse, vou comprar estes rebuçados e aposto que me vai passar. E talvez assim esteja um pouco mais perto do meu avô, porque o meu egoísmo acha que ele foi cedo demais...
Os meus rebuçados Dr.Bayard eram aqueles cubinhos de açucar que a minha avó tinha espalhados pelos armários (era diabética, convinha-lhe ter aquilo sempre à mão).. Não sei se é o efeito placebo, eu acredito que resulta mesmo! Porque se resultava com o teu avô é porque resulta mesmo!! :)
ResponderEliminarDe cada vez que vejo um pacote de Dr. Bayard, lembro-me dele e digo sempre "olha! os rebuçados do meu avó".
ResponderEliminarOnde quer que estejas, grande chefe!, um beijo cheio de saudades.