segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Whatever: Agora é que é: o momento porque todos esperavam

"O amor? Começa com grandes palavras, continua com palavrinhas, termina com palavrões."

- Petite pluie ...: comédie en un acte‎ - Página 24, de Edouard Pailleron - Publicado por Calmann Lévy, 1881 - 48 páginas




É a história mais velha do mundo. Amam-se, Querem-se, Apoiam-se mutuamente, Olham no mesmo sentido e Têm objectivos em comum, Lutam por manter a chama viva, Por superar os obstáculos contra Tudo e contra Todos. Mas por algum motivo... isso não chega. É triste, mas é a vida.




Há relações que estão condenadas à partida. Dizem que o amor vence todas as barreiras, All you need is love, Love love me do, and so on, and so on... Mas isso é nos filmes de domingo à tarde (os quais eu confesso apreciar em dias em que acordo com a boca a saber a papel de música, e o meu cérebro se encontra em estado pós-etílico). Se os protagonistas da história fossem a Jennifer Aniston ou o Hugh Grant, os Beatles até teriam a sua razão. Mas até os atrás referidos só se safam no grande ecrã, já na vida real: a Jennifer levou um bigode da Angelina, e se o nosso upsy-daisy precisa de sacar do American Express para embaciar os vidros de um carro... Bem, digamos que não é um indicador favorável. O facto é que não há relações fáceis, e o "casal" de que hoje vos falo, são o exemplo vivo daquilo que acabei de descrever.




Já adivinharam de quem estou a falar? Não? Rufo de tambores: Gilberto Madail e Carlos Queirós.  As manifestações e as juras de amor eterno alem de mútuas, eram uma constante no início do namoro, peço desculpa, contrato. É aquela fase da relação em que somos cegos aos defeitos do nosso par, em que as  mais corriqueiras manifestações fisiológicas são encantadoras, o trânsito intestinal do nosso mais que tudo chega a ser fofinho. Neste caso, para o nosso presidente da F.P.F. as borradas do seleccionador cheiravam-lhe a um whisky malte de 20 anos.

  


Mas, como diz o povo, não há mal que sempre dure, nem bem que nunca acabe. E quando o amigo Gilberto reagiu ao ao Portugal 0-0 Albânia, com uma corrida aos lavabos à la Obikwelu. E estas coisas deixam marcas no coração de uma mulher, peço desculpa, de um treinador. Aposto que cada vez que havia um arrufo, peço desculpa, uma reunião o assunto vinha à baila. "Porque é que não estavas lá para me apoiar? A tua bexiga é mais importante que eu?" Típico.




E para acabar de vez com a harmonia, sem contar com os 10 milhões que estavam a torcer pelo desquite, aparece-lhes uma espécie de sogra. Daquelas metediças, inconvenientes, venenosas, que estão sempre a dizer " tu é que sabes  o que é melhor para ti, mas arranjavas muito melhor que isto!" e "desejo-vos tudo de bom, mas ele nunca ultrapassou o relacionamento anterior!" E já sabem como é que são os filhos com as mães, peço desculpa, os presidentes de Federações de Futebol com os Secretários de Estado do Desporto. Agora podemos fazer um exercício a que eu chamo "trocar as palavras em itálico por aquelas que vou passar a referir" e consiste em, bem acho que já perceberam em que é que consiste. Palavras chave: oitavos de final e Felipão. A sogra/Laurentino Dias não se inibe de pôr o dedo na ferida, mas sempre com a melhor das intenções.




E agora acabou. Foi o fim. Parece que o divórcio vai ser litigioso, peço desculpa, a rescisão não é amigável. Estas coisas acabam sempre de forma conturbada. Especialmente quando a cama, peço desculpa, o banco  do treinador ainda não arrefeceu, e já a troca está feita. Primeiro, Madail estava inclinado para uma coisa sem compromisso. Não um caso de uma noite, mas de dois jogos. Mas parece que a dama,  peço desculpa, Mourinho está comprometido. E o marido, peço desculpa, o Presidente do Real é ciumento. 




Resumindo e concluindo, parece que a Federação já encontrou a Cinderela a quem serve o sapatinho de cristal. Parece que a decisão está tomada. O pedido de casamento, peço desculpa, o convite está feito e Paulo Bento deu o Sim. Que sejam felizes para sempre, e que tenham muito meninos, peço desculpa, muitas vitórias.




Uma última palavra para Carlos Queirós: segue a tua vida sem olhar para trás, o tempo tudo cura, e vais ver que um dia ainda vais encontrar alguém que te mereça, que veja as tuas qualidades. Um conselho: emigra, pois felizmente neste jardim  à beira mar plantado só há um Madail, e até ele te trocou por alguém que usa risco ao meio.

2 comentários:

  1. eu acho que o tema Mou na selacção serviu para esquecer o queiróz; e quero uma t-shirt a dizer EU AMO VOCÊ! Melhor, um top sexy e justo. Se me derem eu publico aqui uma foto minha com a dita, tenho dito!

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  2. Mas a novela não tem um final feliz.

    O enjeitado (Queiroz) por pressão paternal (dos tribunais) vê-se obrigado a regressar. Madaíl que nunca tendo participado num ménage à doix vê-se no meio dum ménage à trois, organizado por si, em que as três personagens juntas não fazem uma só.

    E nós pagamos e assitimos com dranquilidade.

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