sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Querida Dr.ª Rute: Onde foste?

Não há nada pior do que a sucessão das seguintes perguntas: Onde foste? Com quem estiveste? A fazer o quê? Já agora, querem também perguntar quem são, de onde vêm, para onde vão e se há vida em marte?

A metodologia do interrogatório numa relação é realmente assustadora. No entanto, pior é verificar que, se ocorre mais do que uma vez é porque a culpa é nossa. Se cairmos na ratoeira de responder nas primeiras ocasiões em que surgem estas questões, passa a existir a obrigatoriedade de responder a um relatório diário, onde temos de esmiuçar convenientemente os nossos passos desde que saímos da cama de manhã e até que nos voltamos a deitar. Pois é, tal como em muitos outros maus hábitos, a culpa é nossa, porque somos nós que temos de os educar. Temos de fazer ver que não somos o cartão e eles a máquina de picar ponto.

À primeira tentativa, há que responder com desprendimento! "Hás-de (e não hades) ter muito a ver com isso" é uma boa resposta, principalmente se dada com determinada entoação e movimento corporal que denote desprezo.

Se não for assim, estas perguntas vão perseguir a cara leitora até os últimos dias da relação... Portanto, cautela! É a querida amiga Rute que vos diz...

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